Estação meteorológica ‘criada’ em Tatuí­ será apresentada em S. Paulo





Alunos da Fatec (Faculdade de Tecnologia do Estado) em Tatuí desenvolveram equipamento capaz de transmitir em tempo real e a baixo custo dados como temperatura, volume de chuva, umidade do ar e outras informações climáticas.

A Emco (Estação Meteorológica Compacta Online), além de ser utilizada em sala de aula, pode ser adotada por cidades que desejem uma alternativa aos altos custos dos equipamentos disponíveis no mercado.

O projeto é um dos selecionados para ser apresentado na 9ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza, a Feteps, que ocorre a partir desta quarta-feira, 21, até a sexta, 23, no Expo Barra Funda, na capital.

O modelo foi desenvolvido durante trabalho de graduação por José Celso Cornoló Junior, Wilson Deyvison Gomes e Enéias Elias do Prado, sob orientação do professor Otavio Gaijutis.

Juntos, eles pesquisaram e adaptaram sensores para alcançar a medição de nove eventos do clima de forma menos complexa que as estações meteorológicas comerciais e com o uso de softwares livres.

Os dados captados pela estação são transmitidos de forma instantânea por uma rede de internet sem fio e atualizados em tempo real em um endereço web, que pode ser consultado por qualquer usuário.

Além de acessar os dados, o interessado tem um espaço para colaborar com informações do tempo da cidade onde estiver, na forma de comentário.

Segundo a assessoria de imprensa do Centro Paula Souza, em breve, esse sistema deve ficar disponível também para usuários de smartphones.
Outros diferenciais da estação produzida pela Fatec são o tamanho – ela ser implantada em pouco mais de um metro quadrado – e facilidade de operação e manutenção, além da capacidade de armazenar os dados capturados, que podem ser usados por meteorologistas para a geração de relatórios e previsões do tempo.

A estação foi montada em laboratório e será instalada definitivamente na Fatec Tatuí, com o acréscimo de um painel de energia solar que terá a função de gerar energia para garantir o funcionamento dos equipamentos.

O professor Gaijutis vê nos baixos custos de produção uma das maiores vantagens da estação. “Com a produção e a mão de obra para a implantação, o investimento não ultrapassaria os R$ 10 mil, o que equivale a 10% do valor do que há disponível hoje no mercado”, explica.

Pequenas cidades, por exemplo, encontrariam uma alternativa aos altos custos de uma estação meteorológica comercial com eficácia equivalente.

Para o ex-aluno José Celso Cornoló Junior, o modelo também pode ser utilizado para fins pedagógicos. “Além de servir às indústrias e à agricultura, o nosso projeto pode ser aplicado até mesmo nas Etecs (Escolas Técnicas Estaduais), apresentando os conceitos nas aulas de física, por exemplo”.

O trabalho elaborado em Tatuí é um dos mais de 200 projetos criados por estudantes de Etecs, Fatecs e instituições de ensino de outros Estados e países. A edição deste ano recebeu mais de mil inscrições.