Dr. Jorge Sidnei R. da Costa – Cremesp 34.708 *
- A primeira consulta do bebê deve ser com dez dias de vida e depois acompanhamento mensal (de preferência nos aniversários mensais), até um ano de vida.
- O leite materno é o melhor alimento para o seu bebê. Amamente sempre que seu filho quiser, sem preocupação com horário ou duração da mamada. Não dê mamadeira sem ordem médica. O leite materno é saúde para o seu filho para a vida toda!
A Organização Mundial da Saúde defende que o leite materno seja dado exclusivamente até os seis meses de idade, e depois pode continuar amamentando (acrescentando outros alimentos) até os dois anos de idade.
As mamadas podem ter a duração de 15 a 30 minutos cada vez, alternando as duas mamas e sempre começando a mamada seguinte pela última mama que foi sugada na mamada anterior. As mães podem e devem tomar banho de sol nas mamas, o que evita as rachaduras nos bicos.
- A criança que mama no peito, pelo menos até os seis meses de idade, não necessita de nenhum outro alimento nesse período. A criança que recebe leite materno não precisa de água e nem de chá, porém, nos dias mais quentes, estes podem ser oferecidos nos intervalos das mamadas.
- O banho pode ser dado de corpo todo e até duas vezes ao dia. Use sabonete neutro e infantil (hipoalérgico). Não use talco! A cabeça pode ser lavada duas a três por semana. Após o banho, pode fazer o curativo no coto umbilical com álcool a 70%. Para a limpeza do bebê, use apenas algodão e água morna.
- Após uma semana de vida, iniciar o banho de sol. Expor ao sol (da manhã – antes das 10h), de início, três minutos por dia e ir aumentando a exposição até 15 minutos por dia.
- O exame do pezinho pode ser feito após o terceiro dia de vida. Hoje, além das doenças tradicionais pesquisadas pelo exame do pezinho, que são a fenilcetonúria e o hipotireoidismo, já estão disponíveis exames que detectam mais de duas dezenas de doenças que podem prejudicar o desenvolvimento do bebê.
- As vacinas devem ser iniciadas logo no primeiro mês de vida. As primeiras vacinas aplicadas nos primeiros dias de vida (no berçário da maternidade) são: a BCG intradérmica (contra a tuberculose e a meningite tuberculosa) e a hepatite B. Além das vacinas do calendário básico, hoje, existem muitas vacinas opcionais, que podem ser aplicadas em clínicas de vacinação.
Pergunte ao seu pediatra sobre as novas vacinas existentes (principalmente contra as meningites meningocócicas: a ACWY e a B), as quais são recomendadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
- As vitaminas que o recém-nascido necessita, principalmente nos seis primeiros meses de vida, são: a A e a D, que devem ser introduzidas, sob prescrição médica, em torno dos dez dias de vida, na primeira consulta com o pediatra.
Hoje se aconselha que a primeira consulta de puericultura com o pediatra já seja marcada com dez dias de vida do bebê, período no qual a maioria das mães está com muitas dúvidas e com muita ansiedade, para se corrigir imediatamente as intercorrências, como cólicas, “assaduras” e vômitos pós-alimentares.
- Não dê remédios para seu filho “sem ordem médica”, para evitar a intoxicação medicamentosa, muito comum em nosso meio. Não deixe remédios no fácil alcance da criança.
- Sempre use roupas adequadas para o seu bebê. Nos dias mais frios, mais roupas; nos dias quentes, menos roupas (malha de algodão). É a melhor maneira de prevenir “brotoejas”.
- Faça um passeio diário com seu bebê, de preferência pela manhã, e o bebê aproveitará esse tempo para tomar o banho de sol (15 a 30 minutos), que ajuda o organismo a incorporar a vitamina D, o que ajuda no crescimento normal da criança e assim evita a hipovitaminose D, que, por sua vez, pode levar ao raquitismo.
Consulte (e faça um acompanhamento mensal) sempre com um pediatra: a saúde de seu filho não é brincadeira, e lembre-se que as vacinas, além de protegerem as crianças de doenças graves e mortais, são a única e principal maneira de se evitar tais doenças!
Fonte: arquivos próprios.
* Médico pediatra especialista em pediatria pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Sócio proprietário da Alergoclin Cevac – Clínica de Vacinação.