Há 27 anos, no período natalino, as crianças tatuianas têm garantido um sopro de esperança, forte e encantador, a inspirar dias melhores. Agora, contudo, mais do que nunca, pode-se afirmar sem erro, a cidade – e o país – precisam desse alento, de uma real revalorização da paz, da harmonia e da bondade.
É urgente que pais e avós, até como exemplo a seus filhos e netos, voltem a reconhecer esses valores da conciliação, sobretudo, como os princípios cristãos de fato, não os lamentavelmente deturpados nestes últimos anos, os quais chegaram ao absurdo (herético?) de misturar até a fé com armas de fogo…
“Talvez”, portanto, este Natal seja um marco na direção contrária ao ódio, no caminho da pacificação, e ainda possa inspirar a (re)união de famílias, amigos e dos próprios brasileiros em geral, manipulados com mentiras e agredidos em uma de suas maiores virtudes: a ternura!
Ainda “talvez”, as crianças – sempre com sua tenra ingenuidade – possam ser o farol deste novo horizonte com menos terreno minado e um tanto mais de flores humanas (não custa sonhar…).
Por tudo isso, é com imenso prazer – e profunda esperança – que o jornal O Progresso de Tatuí concluiu mais uma etapa do Concurso Artístico e Literário de Natal, desta vez em sua 27ª edição.
Na semana passada, encerrou a contagem dos trabalhos concorrentes nas duas categorias, desenho e redação, e, já nesta, passou a tê-los em avaliação pelos oito jurados, responsáveis cada qual por um segmento de inscritos.
No total, houve 1.680 inscrições, distribuídas entre 1.432 desenhos e 248 redações. Neste ano, apenas dois trabalhos acabaram desclassificados, por não integrarem o ensino fundamental – o único a ser contemplado pelo certame.
Ao todo, 29 instituições de ensino participaram do concurso, por meio dos trabalhos dos alunos. As escolas públicas e particulares tiveram a oportunidade de estimular os estudantes a trabalharem o tema “Tatuí no Natal”, nas duas modalidades.
Os vencedores em cada grupo de anos são premiados em dinheiro, cujos valores dividem-se entre os primeiros colocados do 1º ao 9º ano em desenho e redação. As entregas das premiações serão realizadas pelos patrocinadores da iniciativa.
Como o certame se divide em grupos de anos de estudo, abrangendo todo o ensino fundamental, não há limite quanto à idade dos alunos, estando, assim, aberto a todos aqueles que estejam estudando.
Como reforçado no regulamento, o concurso segue objetivando privilegiar ainda mais os anos de estudo que participam com mais inscrições – redistribuindo as premiações conforme esse critério.
Em razão disso, em 2022, os grupos de trabalhos ficaram assim segmentados em desenho: somando inscrições do 1º e 2º no primeiro grupo; 3º e 4º no segundo; 5º e 6º no terceiro; e, finalmente, 7º, 8º e 9º ano no quarto segmento.
Na categoria redação, o concurso teve a separação de trabalhos da seguinte forma: 1º, 2º e 3º ano no primeiro segmento; 4º ano em exclusivo (pelo segundo maior número de inscrições frente a todos os demais); 5º ano também em separado (pelo maior número de participantes); e, finalmente, 6º, 7º, 8º e 9º ano no grupo de encerramento.
No total, são oferecidos R$ 2.400 em prêmios, distribuídos para os vencedores de cada grupo de trabalhos, que recebem R$ 300 cada.
Os três melhores trabalhos de cada categoria serão reproduzidos em edição especial de O Progresso de Tatuí, que circulará no dia 25 de dezembro.
Na data, além dos desenhos e redações vencedores, serão constados os nomes dos professores e das escolas nas quais os alunos produziram os trabalhos.
Para esta edição, a comissão julgadora é formada, novamente, por profissionais renomados nas áreas de texto e artes plásticas.
No total, oito jurados avaliam os trabalhos: em desenho, os artistas plásticos Rafael Sangrador, Mingo Jacob, Fábio Antunes dos Santos e Jaime Pinheiro; e, em redação, os escritores Cristina Siqueira, Mouzar Benedito, Cristiano Mota e Henrique Autran Dourado.
Na modalidade redação, os estudantes puderam escrever em qualquer estilo literário, desde que respeitando o tema do concurso. Já na modalidade desenho, os trabalhos tiveram de ser produzidos em papel sulfite, no tamanho A4 (21 cm X 29 cm), em qualquer estilo artístico e seguindo o tema.
Como acentuado a cada ano pelo jornal, mais que ilustrar páginas de uma edição comemorativa, o objetivo do concurso é dar às crianças a oportunidade de se interessarem pela literatura e pela arte, ao mesmo tempo em que podem se sensibilizar com o tema, que, muito além da distribuição de presentes, lembra o nascimento de Jesus e o apelo à paz – tão necessária quanto (ainda de maneira incrível) rara neste ano.
Por sua vez, aos professores, o certame rende reconhecimento, uma vez que conta com a colaboração deles para poder acontecer. São os educadores que trabalham, com os estudantes, a temática do concurso dentro de suas respectivas disciplinas.
Ao longo destes 27 anos da iniciativa (lembrando ter acontecido a primeira edição em 1995 e não ter sido realizada em 2020, devido à pandemia), o jornal O Progresso de Tatuí já inscreveu em torno de 50 mil trabalhos, divididos entre desenhos e redações – certamente, somando, assim, o maior número de participações em concursos artísticos já promovidos na Cidade Ternura.
Por isso e, especialmente, pelo empenho e boa-vontade, O Progresso agradece aos professores, os maiores responsáveis pelo sucesso de mais esta edição do concurso.
E ainda reitera a expectativa de que, pela sensibilidade e virtuosa pureza dos estudantes, a empatia seja (re)estimulada e volte a ser a maior virtude de uma pátria que, pelo respeito ao próximo – principalmente aos “diferentes” – mereça ser profunda e verdadeiramente amada.
Enfim, que o período a celebrar o nascimento de Jesus seja um marco de mudança para o “bem” realmente cristão!