Da reportagem
O grupo de escoteiros de Tatuí Goyotin completou, no dia 23 de setembro, 50 anos de existência na cidade. Em comemoração, promoveu “atividades especiais”, as quais, de acordo com a presidente Claudia Barros, foram realizadas em três acampamentos com escoteiros convidados da região, além de um jantar comemorativo.
Ainda como parte das festividades, no dia 30 de setembro, o grupo se reuniu na sede da entidade para abrir uma “cápsula do tempo”, enterrada havia 12 anos, com cartas escritas pelos membros do grupo e destinadas a eles no futuro.
Nesse mesmo dia, uma nova cápsula foi enterrada para ser aberta depois de dez anos. “Foi muito bom rever crianças que foram lobinhos e se tornaram bons adultos e estão felizes. Foi um dia de muita recordação”, conta.
O Goyotin, que tem como significado “gota d’agua”, é o primeiro e mais antigo grupo de escoteiros de Tatuí em atuação. De acordo com a presidente, o movimento surgiu por meio de voluntários que tinham como objetivo ensinar às crianças e aos jovens da época o escotismo, então já praticado no Brasil.
Ela explica que o movimento tem como base “formar melhores cidadãos, ensinando as crianças e jovens que cada um pode alcançar sua autonomia e vencer desafios”.
“Eles aprendem que podem fazer o melhor possível em qualquer área da vida deles. E sempre inseridos na comunidade, buscando auxiliar no que for necessário”, acrescenta.
De acordo com o movimento, ser escoteiro é “estar de acordo e ativamente engajado com os valores que norteiam o escotismo”. Ainda, “em conjunto com as habilidades práticas de sobrevivência, as atividades norteiam a educação e os valores morais e éticos”.
Claudia explica que o escoteiro é formado por três ramos, divididos por idades. Na primeira fase, entre sete e 11 anos, os “lobinhos” aprendem a vencer desafios”, de forma lúdica, com ensinamentos baseados no filme “Mogly- O Menino Lobo”.
A “tropa escoteira” é voltada para jovens entre 11 e 15 anos, na fase de autonomia e aventura. Já na tropa sênior, os escoteiros, com idades entre 15 e 18 anos, desenvolvem atividade voltadas aos “desafios e plano de vida”.
Nas reuniões, que acontecem sempre aos sábados, Claudia reforça o compromisso com o desenvolvimento do ser humano por meio de ensinamentos que englobam diversas áreas de conhecimento.
A “Fáceis”, explica Claudia, é uma delas, tendo cada letra da palavra um aprendizado (físico, afetivo, caráter, espiritual, intelectual e social).
Além de atividades, as quais incluem os tradicionais acampamentos, o grupo, que atualmente possui 105 integrantes, também “pratica o bem”, com a arrecadação de agasalhos, doação de alimentos e ração, em prol a entidades assistenciais do município.
Para ingressar no grupo, é necessário ter sete anos completos – no entanto, ele está com lista de espera. “Mas, os pais podem nos procurar na sede aos sábados para obter informações e serem colocados nessa lista”, conclui Claudia.