Quarta-feira da semana passada, 30, a Prefeitura informou ter acontecido a liberação formal do prédio que abrigará a escola do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) no município.
De acordo com a assessoria de comunicação do Executivo, o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, e o secretário da Indústria, Desenvolvimento Econômico e Social, Ronaldo Mota, entregaram as chaves do prédio ao coordenador técnico da unidade do Senai de Sorocaba, professor Edson Luís Resende.
A vistoria que aprovou as adequações do imóvel aconteceu dia 25. “As obras civis e adequações de infraestrutura elétrica estão prontas. O prédio ficou como novo, recebeu pintura, sinalização e melhorias, também, nos sanitários. O investimento passa dos R$ 600 mil, 100% dos cofres municipais”, divulgou a assessoria.
O termo de utilização do prédio foi emitido na segunda-feira, 28, e o departamento jurídico da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) está cuidando de “detalhes” para oficialização do convênio e abertura de inscrições aos cursos.
Conforme a assessoria, a inauguração oficial acontecerá ainda em maio, com data e horário a serem definidos em breve, atendendo à agenda de compromissos do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que participará do evento.
Mobiliário e maquinário para realização dos primeiros cursos livres – de metrologia, controle dimensional, logística e desenho – começariam a ser entregues nesta semana.
A Prefeitura anunciou que, mesmo antes da inauguração, o Senai entrará em atividade. As aulas do curso de restauração de prédios históricos serão realizadas nas novas dependências do prédio, localizado na rua Maneco Pereira, 619.
Os primeiros cursos serão de mecânico de usinagem, manutenção mecânica, elétrica e solda. Em um segundo momento, serão focados na área de construção civil.
Manu disse que “o Senai representará um salto de qualidade na mão de obra da população tatuiana e motivo de atração de novas e importantes empresas”.
Tem sido praticamente unânime a observação, por empreendedores locais, sobre a falta de mão de obra em todas as áreas. Claro, a escola do Senai não terá condições de resolver todas as carências, generalizadas. Porém, representa grande avanço e, por isso, tem sido tão propagandeada e aguardada.
Embora não exista obrigatoriedade quanto a tal escolha, mas, a título de exemplo, se fosse necessário a cidade optar por abrigar novas grandes empresas – supostamente, geradoras de emprego – e novas instituições de ensino profissionalizantes, não deveria haver dúvida: muito melhor as escolas.
A conclusão é simples: para ser empregado em função pouquinho mais qualificada, é preciso estudo. Portanto, se há vagas oferecidas por empresas e estas não conseguem profissionais aqui, terão de trazer “de fora” – assim, anulando-se as possíveis vantagens que trariam à cidade.
Pelo contrário, nesta situação, haveria ainda mais especulação imobiliária, mais trânsito emperrado, mais dificuldades para a saúde pública, mais e mais problemas…
Antes de buscar o pretenso crescimento – o qual, não raro, implica em dificuldades -, é preciso investir no preparo para isso, o que começa pela capacitação dos profissionais. E, óbvio, vale ressaltar, mais uma vez: não se deve confundir crescimento com desenvolvimento.
Uma coisa é sempre boa; a outra, não. Daí a importância de instituições como o Senai.