Encontro de meteorito na região de Tatuí­ tem repercussão em todo paí­s





A notícia da localização de um meteorito na região de Tatuí, no início do mês, ganhou repercussão nacional nesta semana. O material encontrado de forma considerada inédita na área rural de Porangaba está sendo analisado no Rio de Janeiro.

O estudo acontece no Museu Nacional para definir a idade do fragmento e o tipo de material do qual é composto. Pesquisadores que participaram do trabalho de encontro do meteorito cogitam que ele tenha mais de quatro bilhões de anos e “remonte aos primeiros momentos de formação do Sistema Solar”.

Relatos divulgados em Porangaba dão conta de que moradores avistaram o meteorito na quinta-feira, 8. As primeiras visualizações teriam acontecido por volta das 16h. Na ocasião, os habitantes disseram ter “levado um grande susto” quando avistaram um objeto que teria penetrado na atmosfera.

A aproximação teria causado uma “grande explosão”, ouvida pelos moradores. O barulho veio seguido de “bolas de fogo no ar” e estilhaços. O estrondo teria provocado tremor em casas próximas do ponto de queda do meteorito.

O fragmento que caiu em Porangaba foi localizado de forma considerada inédita. Conforme a Bramon (Rede Brasileira de Observadores de Meteoros) e o site Apolo11.com, os pesquisadores conseguiram chegar até o material a partir de relatos de testemunhas e de uma imagem de radar meteorológico.

A Bramon informou que o pesquisador Carlos Eduardo Augusto de Pietro plotou sobre um mapa as observações obtidas por meio de testemunhos. O objetivo era traçar uma possível rota e um polígono da queda. Além dos dados, ele utilizou dados meteorológicos, imagens de satélite e “frames” do radar de Bauru.

Como resultado, ele conseguiu reduzir o perímetro do provável local da queda. A análise apontou para uma propriedade em Porangaba, na qual os pesquisadores Renato Cassio Poltronieri e Maria Elizabeth Zucoloto viram o material no dia 16 deste mês. Ele mede, aproximadamente, dez centímetros e pesa 400 gramas.

Segundo a Bramon, o meteorito havia sido localizado pelo caseiro da propriedade. Depois de vasculhar a área na qual ouviu o impacto, o funcionário teria encontrado o material em um buraco com 25 centímetros de profundidade.

Classificado como condrito (meteorito rochoso), o material virou objeto de estudo. O encontro dele ganhou manchetes de veículos de comunicação regionais e nacionais.