A Rancho da Colina, empresa contratada pela Prefeitura para realizar serviços de tapa-buracos na cidade, responsabilizou-se por refazer o trabalho nas ruas em que o asfalto descolou após as chuvas ocorridas na primeira quinzena do mês. A informação foi dada pela liderança do governo na Câmara Municipal, durante a sessão ordinária de terça-feira, 13.
De acordo com o vereador Antonio Marcos de Abreu (PR), a companhia se prontificou a realizar novas intervenções nas vias que já foram alvo da operação tapa-buracos. O serviço será realizado sem custo para o município.
“A Prefeitura está monitorando a situação do serviço e, se não estiver perfeito, a empresa fará o trabalho novamente”, declarou.
A informação do líder do governo foi confirmada pelo secretário municipal das Obras e Infraestrutura, Marco Luiz Rezende. Na semana passada, engenheiros da Rancho da Colina estiveram no “Mangueirão”, a sede da pasta, para tratarem de detalhes sobre o novo serviço.
Segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), na primeira quinzena de junho, choveram 203 milímetros, quatro vezes mais que a média mensal para o mês nos últimos 25 anos.
“Na semana retrasada, corremos em todos os locais para ver como estava a situação do asfalto, após aquelas chuvas fortes, e vimos alguns problemas, como buracos que reabriram. Acertamos os detalhes, e não será cobrado pelo serviço”, contou Rezende.
O retrabalho está previsto em contrato firmado entre a empresa e a Prefeitura, conforme o secretário, que adiantou que uma nova companhia foi contratada para auxiliar na operação tapa-buracos, que agora tem três frentes: a de funcionários do Mangueirão, a da Rancho da Colina e da Madri Construtora.
“Não vai atrapalhar o nosso cronograma, pois estamos com a Madri fazendo o trabalho em alguns locais. O problema nosso são os dias de chuva, que acabam impedindo as equipes de intervirem na malha viária, devido à umidade no asfalto”, explicou.
Na opinião de Rezende, a situação geral da malha viária “melhorou bastante” em relação ao início do governo. Na semana passada, equipes trabalharam na rua Mário Orsi, avenida São Carlos, ambas no centro, e na avenida Nelson Marcondes do Amaral, nas proximidades da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). “Estamos agilizando o trabalho”, reiterou.
A situação das ruas alvo da operação tapa-buracos, após as chuvas das últimas duas semanas, foi tema de reclamação de alguns vereadores durante a sessão da Câmara.
O assunto foi levantado pelo peemedebista Nilto José Alves, que questionou o trabalho realizado em ruas do Jardim Tóquio. Ele disse ter recebido reclamações e fotos enviadas por moradores da região sobre a qualidade do asfalto.
“Como pode um serviço ser feito e, depois de menos de um mês, em um dia de chuva, arrancar todo o asfalto? Será que esse material usado no serviço de tapa-buracos não está sendo enfraquecido?”, indagou.
O parlamentar pediu aos colegas que “dessem uma olhada” na situação do bairro e cobrassem ações do Executivo.
O socialista Rodolfo Hessel Fanganiello pediu explicações sobre o tipo de massa asfáltica aplicada nas ruas. “Estamos em um período de muita chuva, e é importante que o serviço seja feito com boa qualidade, para que o buraco não abra novamente e não ser dinheiro perdido”, afirmou.
Para Joaquim Amado Quevedo (PMDB), a Prefeitura deve dar atenção especial aos buracos localizados nas ruas em locais mais altos. A infiltração de água nestes pontos, como os do Jardim Tóquio, faz com que o asfalto se solte em dias de chuva forte.
“Enquanto não tapar os buracos que estão na parte alta da cidade, a chuva vem e leva 40 metros de asfalto rua abaixo. Não é fácil para a dona Maria José (Vieira de Camargo). Eu estive lá (na Prefeitura) e sei como é trabalhar sem dinheiro e com o problema dos buracos. É um sofrimento”, opinou.
Valdeci Antonio de Proença (Podemos) e João Éder Alves Miguel (PV) pediram que a Secretaria de Obras realize intervenções na malha viária do bairro CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) “Orlando Lisboa de Almeida”.
Segundo Proença, algumas ruas da CDHU estão em “estado intransitável” e foram alvo de pedidos à prefeita em requerimentos apresentados à Câmara. Miguel estendeu o pedido para localidades rurais, como estradas no Congonhal, Santuário Nossa Senhora de Fátima e Vista Alegre.
“Estou pedindo o alargamento de estradas rurais em alguns pontos, pois tem trechos que somente passa um veículo por vez. A Prefeitura poderia ampliar, dar esse auxílio aos moradores da zona rural”, declarou Miguel.