O índice de empregos com carteira assinada voltou a subir em Tatuí. De acordo com o mais recente levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), 31 novas vagas foram geradas no município.
O resultado é decorrente de 693 admissões e 662 desligamentos, nos 4.774 estabelecimentos avaliados. A nova publicação do órgão leva em consideração os dados do mês de julho e foram divulgadas no final do mês de agosto.
Conforme o mediador de negociações coletivas da Agência Regional do Ministério do Trabalho, Antonio Carlos de Moraes, o saldo positivo está dentro das expectativas para o município.
“Já esperávamos que tivesse um crescimento no número de vagas. Apesar de ainda ser um saldo baixo, consideramos que está dentro dos parâmetros para a atual situação econômica do país.”, avaliou Moraes.
Dos oito setores estudados pelo órgão do Ministério do Trabalho, três sofreram redução de ocupações e fecharam o mês com saldo negativo: serviços (menos 70); indústria de transformação (menos 5) e administração pública (menos 2).
O setor de serviços, que representa o segundo maior empregador do município, fechou o mês com 240 desligamentos e 170 contratações. A área conta com 1.973 empresas cadastradas e 7.783 funcionários.
No acumulado dos últimos sete meses, a variação do setor continua negativa, com 1.434 admissões e 1.483 desligamentos. O setor chegou a alcançar variação positiva nos meses de fevereiro, março e abril, mas voltou a apresentar saldo negativo em maio, junho e julho.
A indústria de transformação representa o maior contratante do município, com 8.196 funcionários registrados em 330 empresas cadastradas pelo MT. O setor registrou 144 novos trabalhadores, mas teve 149 demissões e acabou fechando o mês com saldo negativo.
Mesmo com a queda, o levantamento do MT ainda aponta saldo positivo de 141 novos postos de trabalho na indústria de transformação no acumulado nos últimos sete meses.
A administração pública ficou com o terceiro maior índice de desligamentos no mês, com redução de duas vagas, fruto de três demissões e uma contratação.
Em contrapartida, quatro setores fecharam o mês com saldo positivo: agropecuária, extração vegetal, caça e pesca (mais 58); construção civil (mais 41); comércio (mais 6) e extrativa mineral (mais 3). As áreas de serviços industriais e utilidade pública permaneceram inalteradas.
Conforme o mediador, a alta na admissão de empregados na agropecuária e na construção civil também já era prevista. Os dois setores vêm apresentando crescimento no número de contratações nos três últimos meses e devem continuar registrando saldo positivo.
“Tenho expectativa de que esses dois setores comecem a crescer ainda mais, com possibilidade de registrar um índice positivo maior nos próximos meses até o final do ano”, comentou o mediador.
Na agropecuária, o resultado vem de 99 admissões e 41 demissões, enquanto a construção civil registrou 75 novos funcionários e contabilizou 34 desligamentos. No acumulado do ano, os setores apresentam saldo positivo de 169 contratações, sendo 138 na construção civil e 31 na agropecuária.
No setor de comércio, o número positivo resulta de 200 contratações para 194 desligamentos. Contudo, para Moraes, o resultado não representa grande avanço. “O número ainda é baixo, mas creio que, até o mês de outubro, a tendência é ter uma estabilização no setor’, comentou.
No acumulado de janeiro a julho, o saldo de admissões em estabelecimentos comerciais continua negativo (menos 130). Nos últimos sete meses, o setor contabilizou 1.613 desligamentos e 1.483 admissões. Ele é o terceiro maior em número de empregados registrados, somando 6.499 funcionários em 1.740 estabelecimentos.
“O crescimento pode chegar a partir de novembro, quando as lojas devem começar a contratar para suprir a demanda no final do ano”, ressaltou.
Os dados semestrais mostram que o ano começou negativo para a geração de empregos em Tatuí, com o fechamento de 11 postos de trabalho, em janeiro. Contudo, nos três meses seguintes, o Caged apurou saldos positivos.
Em fevereiro, o município teve a criação de 300 novas vagas; em março, foram abertos mais 23 novos postos de trabalho; e, em abril, o número chegou a 70 novas contratações.
No balanço geral do semestre, os três meses compensaram a perda de janeiro e também a redução de empregos formais que voltou a ter saldo negativo nos meses de maio (menos 40) e junho (menos 226).
Em junho, quatro setores tiveram queda em Tatuí. A maior parcela de desemprego foi contabilizada na área de prestação de serviços, com 175 admissões e 302 demissões, apresentando saldo negativo de 127 empregos.
Houve queda nas contratações nos meses de janeiro, maio e junho, mas, mesmo assim, a cidade fechou o primeiro semestre de 2018 com saldo positivo de 116 novas ocupações formais.
O resultado é o melhor dos últimos dois anos, decorrente de 4.388 novas admissões e 4.272 desligamentos, somados durante os meses de janeiro e junho nos 4.774 estabelecimentos avaliados.
De janeiro a junho de 2016, houve redução de 270 postos de trabalho. Até o final do mesmo ano, 902 empregos foram extintos. No ano passado, o primeiro semestre teve o fechamento de 253 empregos formais, sendo que, até dezembro, o déficit chegou a 389.
O Caged fornece informações sobre trabalhadores regidos pela CLT (Consolidações das Leis do Trabalho) e que possuem carteira assinada. O levantamento não leva em consideração funcionários públicos estatutários e trabalhadores na informalidade.
O desempenho no mês de julho da microrregião de Tatuí, que inclui as cidades de Boituva, Cerquilho, Cesário Lange, Laranjal Paulista, Pereiras, Porangaba, Quadra e Torre de Pedra, foi de 195 novos trabalhadores empregados. Foram admitidas 2.113 pessoas e despedidas 1.918.
Ainda conforme os números do Caged, o Brasil gerou 47.319 empregos formais no mês de julho. No período analisado, foram registradas 1.219.187 admissões e 1.171.868 desligamentos. O resultado é o melhor para o período desde 2012, quando 142.496 vagas com carteira assinada foram abertas.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o governo registrou a criação de 448.263 empregos com carteira assinada. Nos últimos 12 meses, esse número é um pouco menor, de 286.121 postos de trabalho.
Segundo o governo, em julho, houve abertura de vagas em seis dos oito setores da economia. Agricultura (mais 17.455); serviços (14.548); construção civil (10.063); indústria de transformação (4.993); serviços industriais de utilidade pública (1.335); extrativa mineral (702); comércio (menos 249) e administração pública (menos 1.528).