Emprega contabiliza 30 vagas em Tatuí­ para pessoa com deficiência





O programa Emprega São Paulo/Mais Emprego contabiliza 30 vagas de trabalho abertas para pessoa com deficiência em Tatuí. As oportunidades são para armador de ferragens para pessoas alfabetizadas e exigem experiência.

Para ter acesso a elas, é preciso acessar o site: www.empregasaopaulo.sp.gov.br e criar um “login”, senha e informar os dados solicitados. Outra opção é comparecer a um PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) mais próximo da residência, munido de documentos pessoais.

Os candidatos devem apresentar RG, CPF, PIS, CTPS (Carteira de Trabalho), laudo médico com o CID (Código Internacional de Doenças) e audiometria (no caso de deficiência auditiva). Quem não tiver o laudo será orientado no próprio PAT sobre como proceder para conseguir a documentação exigida.

Segundo divulgou o governo, o cadastramento do empregador também poderá ser feito através do site do Emprega ou do PAT. Para disponibilizar as vagas através do sistema, é necessária a apresentação do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) da empresa, razão social, endereço e o nome do solicitante.

Outras 102 vagas são disponibilizadas neste mês para a região de Sorocaba. Elas contemplam as cidades de Itapeva, Itapetininga, Boituva, Itu, São Roque, Ibiúna e Salto de Pirapora. O levantamento é da agência de empregos pública.

Além do Emprega, em Tatuí a iniciativa do Sindmetal (Sindicato dos Metalúrgicos de Tatuí e Região) e Prefeitura tem continuidade. Trata-se de mapeamento de PCDs (pessoas com deficiência) realizado com auxílio da internet. O cadastro é feito gratuitamente desde o dia 15 de dezembro, por meio de questionário.

O formulário está disponibilizado, inicialmente, na página do sindicato (sindmetaltatui.com.br). Num segundo momento, há planos de permitir o cadastramento em outros dois canais. Um via site da Prefeitura (www.tatui.sp.gov.br) e, outro, nas duas unidades do Posto de Atendimento ao Trabalhador.

Em Tatuí, o PAT atende na rua Coronel Aureliano de Camargo, 943, e na avenida Coronel Firmo Vieira de Camargo, 135, ambos no centro. Nesse último endereço, ele ocupa uma das instalações da unidade local do Poupatempo.

A proposta de organizar um banco de dados com informações a respeito dos PCDs envolve a Secretaria Municipal da Indústria, Desenvolvimento Econômico e Social. Depois de entendimentos com o sindicato, a pasta autorizou a entidade classista a criar um canal de informações no qual as pessoas com deficiência, ou suas próprias famílias, poderão realizar cadastramento.

O passo seguinte é centralizar os dados em um cadastro único. Ele deve compilar, principalmente, as informações sobre a classificação da deficiência (tipo e grau). A meta é aplicar esses dados em ações que facilitem o processo de contratação por parte dos empregadores, com base em perfis.

A medida é considerada inédita no município e solicitada pelas empresas. No ano passado, o diretor da Indústria, Marcos Bueno, afirmou que a maioria das indústrias locais tem dificuldades em contratar PCDs por não haver no município um local no qual se possam estabelecer contatos com esse público.

Bueno disse que o sistema atual de recrutamento por indicação gera frustração para os PCDs e trabalho dobrado para indústrias, empresas e comércio. O motivo é que muitos dos entrevistados acabam sendo dispensados no processo de seleção em função de não atenderem às exigências das vagas.

Na tentativa de diminuir essa angústia e agilizar o processo de contratação, a Secretaria da Indústria convoca a sociedade para colaborar. O formulário a ser preenchido pela internet inclui as principais informações para o levantamento de quem são, quantos são e quais deficiências possuem essas pessoas.

Os dados do cadastro serão oferecidos a todo o setor economicamente ativo e que gere postos de trabalho na cidade. O trabalho é considerado uma sequência do fórum realizado recentemente e um passo adiante no trabalho de inclusão.

Os dados poderão resultar em novos cursos de qualificação via Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) ou na identificação de ações que possam “gerar acessibilidade” para a mão de obra. Bueno citou como exemplo a solicitação de uma linha urbana de ônibus para a locomoção de pessoas com deficiência até seus postos de trabalho ou locais de estudos.

O projeto da secretaria é tornar os dados do cadastro acessíveis apenas pela pasta. A proposta é que quando houver uma solicitação de informação, a secretaria faça uma triagem e encaminhe as pessoas com os perfis desejados para seleção.