Na quinta-feira, 25, o lutador tatuiano João Arnon Carlos, conhecido como “Nonô”, conquistou pela terceira vez o título da categoria “meio-pesado” (até 88,3 quilos) do Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu Esportivo.
A competição foi promovida pela CBJJE (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo), entre quinta-feira e domingo, 25 e 28, no ginásio poliesportivo “Mauro Pinheiro”, no Ibirapuera, em São Paulo.
Além do título da meio-pesado, Nonô foi vice-campeão mundial da categoria “absoluto” (sem limite de peso). A derrota na final foi por pontos, pois, segundo ele, a clavícula saiu fora do lugar durante a luta decisiva.
Os tatuianos Lucas Raphael Gomes, da médio (até 82,3 quilos), e Thiago Felipe Pereira de Araújo de Sousa, da pesada (até 94,3 quilos), atingiram a terceira colocação nas respectivas categorias no torneio mundial. Ambos são alunos de Nonô na academia da qual é proprietário.
A classificação deles à competição mundial foi alcançada no mês anterior, quando a CBJJE promoveu, no mesmo local, o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu Esportivo, dias 14 e 15 de junho.
Na oportunidade, Nonô conquistou o ouro tanto na meio-pesado como na absoluto, sangrando-se pentacampeão nacional. O atleta Sousa ainda foi vice-campeão da pesada. Já Gomes não pôde competir, por conta da escala do emprego.
Praticante de jiu-jitsu há 19 anos e faixa preta há dez, a disputa nacional marcou o retorno de Nonô em competições. Atualmente disputando a máster 5, ele conta que não participava de campeonatos desde 2011.
Nesse período, Nonô não parou de treinar e se manteve ativo com os alunos da academia, que, segundo o lutador, “são muito bons”. De acordo com ele, três motivos o fizeram voltar a competir. Uma das motivações é que, atualmente, os torneios da arte marcial dão premiações em dinheiro.
Conforme Nonô, ele ficou com vontade de voltar a competir por ver os alunos “ganhando tudo” e também para “se colocar à prova, desafiando e vencendo os limites, mais uma vez”.
“Eu já havia passado por isso no passado. As conquistas são uma mistura de emoção, adrenalina, satisfação e realização profissional”, admite.
Nonô afirma que, neste momento, o único apoio que recebe para lutar é da empresa que fornece quimonos a ele. Segundo o lutador, por não ser patrocinado, tem lutado “mais à vontade”.
“Sem patrocínio, não tenho uma certa obrigação de ter de mostrar resultados. Compito para me divertir e fazer novos amigos”, revela.
“E tem dado tão certo que, nas duas competições, finalizei todos os meus dez oponentes”, completa o tricampeão mundial.