‘Em cima do muro’, diz Oséias Rosa sobre sua posição polí­tica





Empossado vereador na noite de terça-feira, 29 de março, Oséias Rosa (DEM) declarou que não é situação nem oposição. O parlamentar afirmou a O Progresso que ainda não adotou um posicionamento. Por outro lado, antecipou que concorrerá às eleições municipais no dia 2 de outubro (primeiro turno).

Rosa reforçou discurso de que “não tomou o lugar de ninguém”, em menção a possíveis críticas sobre a posse no lugar de Dione Batista (PDT). Ele disse estar chateado com a situação. “Na verdade, a minha alegria é a tristeza de outros”, declarou. Entretanto, ressaltou que a posse foi determinada pela Justiça.

“Eu preferia um mandato legítimo, que tivesse ganhado nas urnas. Infelizmente, o que me antecedeu teve um problema, e qualquer um pode ter um problema. Então, a cadeira ficou livre, e eu sou o primeiro suplente”, argumentou.

O político disputou três eleições e alcançou mandato de 2005 a 2008 e de 2009 a 2012. Nesse ano, recebeu 881 votos pela coligação DEM, PDT, PP, PPL, PSL e PTB, que lhe garantiram a primeira suplência.

Apesar de enfatizar que não esperava voltar para a política (assumiu o cargo de vereador no último ano da atual legislatura), ele declarou que quer permanecer na Casa de Leis. À reportagem, antecipou ser pré-candidato às eleições municipais, por entender o retorno como “um recado”.

“Talvez, Deus me tenha trazido de volta. Nesse caso, concorrerei novamente”, afirmou. No entanto, o vereador ainda não tem diretrizes para o atual mandato.

Questionado sobre o que seria possível realizar em oito meses (entre abril e dezembro), o edil afirmou precisar de um tempo para tomar conhecimento sobre o que o Legislativo está discutindo e quais os posicionamentos dos parlamentares.

Rosa também mencionou ter sido criticado por colegas por ressaltar, na tribuna, que problemas não são privilégios do município. Conforme o vereador, como a União a administração sofre com a falta de receita e desemprego.

“Ao dizer isso, parece que eu tomei uma posição. Eu não tomei posição nenhuma. Apenas fiz um discurso do que o país está passando, e o reflexo do país é o que está acontecendo na nossa cidade. Então, quando digo isso, não estou defendendo A nem B. Estou apenas vendo o que está acontecendo”, comentou.

Também por conta disso, Rosa alegou que ainda não se decidiu por ser situação ou oposição. “Quero dizer que estou em cima do muro. Por que em cima do muro? Porque eu conheço os problemas da cidade como munícipe, não como vereador”, justificou.

“Estou chegando, caindo de paraquedas nesse plenário. Não sei o que vai ser amanhã, mas, nesse momento, já estou respirando diferente. Já sou político de novo”, concluiu.