Em 4 dias, municí­pio registra 167,4 mm de chuva, indica DC





Eduardo Djun

João Batista Alves Floriano, coordenador-adjunto da Defesa Civil

 

Setembro ainda não terminou, mas a cidade já registrou 167,4 milímetros de chuva somente em quatro dias. A apuração, feita pela Defesa Civil, envolve os dias 7, 8, 10 e 11.

Os dados sugerem que o volume de chuvas em setembro aumentou 139,42% em relação ao mesmo período de 2014, que teve 69,92 mm. De janeiro a março, choveram 588,6 mm, ante 301,5 mm em igual período do ano passado, ainda segundo os números divulgados pela DC.

O maior aumento em um mês foi sentido em julho, quando houve 115,4 mm de chuva, ante 35 mm no igual período do ano passado, um crescimento de 229,71%. Já agosto foi o mês em que menos choveu na cidade: apenas 14,3 mm, contra 45,5 mm no mesmo período de 2014.

“O período de chuvas no ano passado foi atípico, apesar da queda sensível a partir do mês de março”, considera o coordenador-adjunto da Defesa Civil, João Batista Alves Floriano.

Embora não tenha recebido ocorrências e nem notificações pelo 199, a Defesa Civil ainda prevê que o período de chuvas pode ser prorrogável de dezembro a março.

“O grande volume começa no final do ano, que é chamado de período das águas. É um período em que a Defesa Civil espera um bom volume de chuvas para manter os reservatórios num nível aceitável”, afirmou Floriano.

Apesar da expectativa, a chuva faz aumentar a preocupação com os deslizamentos. A Defesa Civil informa que, quando as precipitações atingem 80 milímetros em três dias, o solo perde a capacidade de absorção da água.

Quanto mais encharcado for o solo, maior a possibilidade de deslizamento de terras e desmoronamento. A Defesa Civil explica, no entanto, que o município está dentro da média saturada do solo na região da Sorocaba.

Ainda de acordo com a DC, o volume de chuva nos dias 7 e 8 deste mês provocou uma pequena saturação do solo em algumas regiões. Porém, na ocasião, ele estava muito seco devido ao mês anterior, e o processo de infiltração da água no solo precisa atingir um nível de saturação suficiente para ocasionar estragos.

Até o momento, a alta incidência de chuvas não comprometeu as áreas suscetíveis a inundações e escorregamentos. Apesar de chance mínima de incidentes, a Defesa Civil percorreu os pontos de monitoramento nesse período, mas poucas alterações foram registradas. Também não foram feitas ocorrências de quedas de galhos ou árvores.

Para evitar desgastes no futuro, o órgão municipal utiliza o PPDC (Plano Preventivo de Defesa Civil), que inclui quatro fases: observação, atenção com vistoria em campo, alerta e alerta máximo.

Segundo Floriano, as chuvas dos últimos dias não modificaram os alertas. “Quando chega ao nível máximo, automaticamente já muda para o estado de atenção, mas, quando a chuva dá uma trégua, ele volta ao normal”, explica.

Recomendações

A Defesa Civil recomenda que, em caso de inundações, a população evite o contato com a água da chuva, não dirija em vias alagadas, não transite em pontes submersas e, ainda, mantenha cuidado com as crianças próximas aos rios.

É importante que a comunidade se previna a eventuais acidentes, seguindo as orientações da Defesa Civil, saindo de suas casas, quando necessário, e informando quaisquer danos ou riscos às autoridades competentes.

Em caso de emergência, envolvendo alagamentos, deslizamentos e outras ocorrências, a população pode entrar em contato com a Defesa Civil pelo telefone 199. A ligação é gratuita.