A última sessão ordinária de 2018 promoveu a eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal. Cada mandato para os cargos de presidente, vice-presidente, primeiro-secretário e segundo-secretário cumpre o período de dois anos.
Com extinção do voto secreto na Casa de Leis no ano passado, foi a primeira vez que o posicionamento de cada parlamentar, para escolhas dos novos membros, aconteceu de forma pública.
O vereador Antônio Marcos de Abreu (PR) foi único componente da mesa diretora, definida no início da atual gestão municipal, em 2017, que continuará como membro.
O atual vice-presidente recebeu dez votos, contra sete do parlamentar Nilto José Alves (PMDB), e foi eleito presidente da Câmara Municipal durante o biênio 2019 e 2020. Ele assumirá o cargo de Luís Donizetti Vaz Júnior (Podemos).
Eduardo Dade Sallum (PT) foi o preferido de dez vereadores e escolhido futuro vice-presidente, à frente do parlamentar Valdeci Antônio de Proença (Podemos), que somou sete votos.
Em novo resultado de dez a sete, Rodnei Rocha (PTB) recebeu mais indicações que Rodolfo Hessel Fanganiello (PSB) e será o próximo primeiro-secretário.
A eleição para segundo-secretário foi a única que contou com três vereadores votados. Ronaldo José da Mota (PPS) foi eleito com nove votos, seguido por Daniel Almeida Rezende (PV) e Joaquim Amado Quevedo (PMDB), que, mesmo reprovando a preferência, recebeu um voto.
Rocha e Mota assumirão as atuais ocupações de Proença e Alexandre de Jesus Bossolan (PSDB), respectivamente.
De acordo com Sallum, ele foi eleito com a bandeira da democracia participativa, pois crê que “o Brasil e diversos países no mundo sofrem uma crise de representatividade nos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário”.
Segundo ele, dentro dessa crise, existiriam duas possíveis soluções: “uma delas seria uma saída autoritária e a outra, migrar da democracia representativa para a participativa”.
A partir disso, o vice-presidente eleito declarou pretender que as futuras decisões da Câmara sejam divididas com os “vereadores populares”.
Conforme Sallum, vereadores populares seriam pessoas que, durante o mandato, decidiriam, mensalmente, uma agenda de decisões para a Câmara, visando proporcionar um maior acesso popular ao Poder Legislativo.
O parlamentar sustenta que Legislativo, como o Poder mais próximo da população, “deseja promover o avanço da democracia participativa, criando legislações que oportunizem a colaboração pública”.
“Na mesa diretora, pretendo criar mecanismos para que o povo decida, por exemplo, a prioridade para a utilização do dinheiro arrecadado com impostos”, exemplificou.
Segundo Sallum, ele votou de acordo com a indicação da base, mas reforça que não faz parte da situação e nem da oposição, “atuando de maneira independente”.
Atual vice-presidente e eleito para presidir a mesa a partir do próximo ano, Abreu fez breve análise sobre a gestão vigente em 2017 e 2018. Segundo ele, com o auxílio dos vereadores, assessores e funcionários da Câmara, houve “uma boa administração”.
Como presidente, Abreu afirmou que trabalhará para manter a democracia na Casa e o cumprimento das leis. Ainda declarou que “os bons projetos que vierem do Poder Executivo serão aprovados, para ajudar a população”.
Por fim, o parlamentar disse ter ficado muito feliz pela eleição à presidência, justamente pelo fato de ter sido o único que já compunha a mesa diretora.
“Sair de uma mesa e ser eleito para outra é muito difícil. Isso mostra que conquistei a confiança dos vereadores”, finalizou.