Com fogos de artifício e dois discursos, a Prefeitura encerrou a solenidade de inauguração da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) do bairro Tanquinho. O prédio, com capacidade para 800 alunos, foi apresentado a profissionais da Educação e a moradores da região, na manhã de quarta-feira, 7.
A cerimônia integrou celebração do Dia da Independência e marcou o projeto de complementação da oferta de vagas anunciado pela Prefeitura. No mesmo bairro, o Executivo entregou uma creche municipal – em fevereiro deste ano – e está construindo uma pré-escola em pré-moldado.
Com a conclusão, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo deve iniciar a fase de transferência de estudantes dos dois ciclos do ensino fundamental que moram no bairro e estudam em unidades mais distantes. A prioridade é atender crianças que residam no Tanquinho e no Jardim Santa Rita de Cássia.
A unidade custou quase R$ 6 milhões e possui 11 salas de aula, duas salas de recurso, uma sala multiuso, laboratório de informática, quadra poliesportiva coberta. Tem, também, campo de futebol society, refeitório, estacionamento para os professores, área administrativa, pátio coberto e pátio arborizado.
Os alunos frequentarão a unidade no período da manhã (matriculados do 1º ao 5º ano) e da tarde (do 6º ao 9º ano). Iniciada em 2014, a construção da escola de ensino fundamental demorou dois anos para ser concluída.
A unidade é anunciada como a “maior, mais bela e melhor estruturada do ensino de Tatuí”. “Hoje, é um dia de bênção e de mais uma conquista para a nossa educação”, disse a secretária municipal de educação.
Citando o Dia da Proclamação da Independência, Ângela Sartori disse que Tatuí teve mais um motivo para comemorar. A secretária considerou o prédio “mais uma conquista do município trazida pela Educação”.
Ângela agradeceu aos profissionais da secretaria e atribuiu a eles a realização. “Nada disso estaria acontecendo se eu não tivesse o companheirismo e a dedicação de cada um de vocês”, complementou.
Conforme ela, a unidade se tornou necessária em função da demanda e do crescimento da região do Santa Rita. Ângela destacou que o bairro deve receber um “incremento populacional”. Antevendo que a procura pelo ensino pudesse aumentar, a secretária disse que a Prefeitura investiu na localidade.
“Digo sempre que o Santa Rita é um bairro privilegiado. Em tão pouco tempo, ele recebeu tantas benfeitorias somente na área da Educação. Temos essa maravilhosa escola; ao lado, uma creche que atende 120 crianças; e vamos finalizar uma obra que é uma pré-escola com capacidade para mais 120”, ressaltou.
Com o novo dispositivo, Ângela disse que a Prefeitura poderá absorver os futuros alunos que virão com a entrega das casas populares do Residencial Vida Nova Tatuí.
O projeto prevê um total de 2.553 unidades, das quais 1.295 deverão se entregues entre este mês e o mês de novembro, conforme cronograma divulgado pelo prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu.
A secretária calcula que, com as novas moradias, a região, que comporta quase 13 mil moradores, deva receber mais 10 mil, quando da conclusão da segunda fase das moradias. O empreendimento é construído pelo Grupo Pacaembu.
“Por tudo isso, temos que crescer, realmente, não só na Educação, mas na Saúde”, disse, referindo-se a um dos dois equipamentos implantados pela Prefeitura.
O primeiro é a utilização da UBS (unidade básica de saúde) como PA (pronto atendimento). Os serviços ambulatoriais têm início após o fim do expediente do posto de saúde, compreendendo o horário que vai das 17h às 22h.
O segundo investimento na Saúde, apontado por Ângela, é uma praça para atividades esportivas. A obra depende de recurso do governo federal para ser construída.
Ângela afirmou que os dispositivos vão atender, também, aos professores, coordenadores, monitores de creches e demais profissionais da Educação.
Ângela também sustentou que a nova unidade pode representar “oportunidade” para as crianças. “Por nós, educadores, passam futuros enfermeiros, filhos de prefeitos, de empacotadores de supermercado. Enfim, pessoas que vão formar o nosso país. Então, temos, sim, que ter qualidade no trabalho da Educação”, declarou.
Ângela rebateu eventuais críticas à atual administração no tocante aos gastos públicos. A própria Emef custou R$ 6 milhões, recurso da municipalidade. Conforme a secretária, o município tem investido na área “para dar melhor qualidade de ensino”.
Além de prédios, a titular ressaltou que a Prefeitura tem oferecido material “de qualidade” para as crianças. “O filho do pobre tem o mesmo direito do filho do rico, ou até mais”, disse.
Por esse motivo, a secretária citou que a Prefeitura cede, anualmente, kits com materiais escolares para os alunos matriculados na rede pública municipal. Segundo ela, a medida visa garantir que “todos os estudantes possam se desenvolver”.
Nas contas da secretária, o apoio dado pela Prefeitura representa economia de até R$ 1.000 para as famílias, necessários para a compra de materiais didáticos.
Ainda falando em números, Ângela contabilizou as construções de creches pela atual administração. Conforme a titular, o Executivo entregou sete novas unidades de ensino infantil. No total, a Prefeitura anuncia 11. Das quatro restantes, duas foram iniciadas: a do Inocoop e a do bairro Congonhal.
O cronograma da secretaria prevê a inauguração da creche no primeiro bairro até o final deste mês. A construção no Congonhal, o primeiro bairro rural do município a receber uma creche, teve início no mês passado, com terraplanagem.
As demais creches atenderão crianças dos bairros Santa Cruz e San Marino. “Elas deverão suprir a demanda que vem crescendo”, de acordo com a secretária, “por conta do aumento da participação da mulher na vida econômica da família”.
Também por conta disso, Ângela argumentou que o Executivo está iniciando, no Congonhal, um novo modelo de atendimento. O bairro é o primeiro da zona rural a receber uma creche por apresentar pedidos dos moradores.
Para atender aos demais bairros, o Executivo concluiu processo de revitalização das unidades de ensino. Ângela afirmou que a Prefeitura reformou 95% de todas as creches cujos prédios apresentavam “condições insalubres” tanto para os alunos como para os profissionais que trabalham nelas.
Como exemplo, citou melhoria na Creche Municipal “Amadeu Fragnani”, da vila Santa Luzia. De acordo com a secretária, “antes da revitalização, a equipe da unidade precisava fazer refeições na mesma área em que eram lavadas as fraldas usadas pelas crianças”.
Ainda citando melhorias, Ângela mencionou que o Executivo concedeu as faltas abonadas (sem desconto pelo dia não trabalhado por motivos justificados) aos funcionários da Educação, licença-prêmio para os professores do ensino fundamental e a fixação de 50 minutos para hora-aula para fins de acúmulo.
“Tudo isso é um trabalho de responsabilidade”, disse a secretária, ao enumerar, ainda, a inclusão da figura do cuidador de alunos com necessidades especiais. O município possui 50 profissionais que acompanham os estudantes com problemas comprovados.
Além dos cuidadores, o município disponibiliza enfermeiros (em casos nos quais os estudantes exigem mais cuidados) para atender ao alunado.
Para a secretária, a figura do cuidador é um dos dois fatores que garantem segurança aos professores. O segundo é o monitoramento por câmeras, implantado em janeiro de 2015. O sistema cobre um total de 50 prédios da Educação.
“Os pais sabem que não há preço que pague a segurança dos filhos. Além disso, nossas câmeras de segurança não permitiram nenhuma injustiça com os nossos profissionais”, afirmou ela, fazendo menção a um episódio ocorrido recentemente.
De acordo com a secretária, um professor chegou a ser acusado de ter aliciado uma estudante do 1º ano do ensino fundamental. As imagens do circuito interno mostraram, contudo, que o educador não tivera participação no episódio.
Ângela relatou que um colega da escola, do 4º ano, teria sido confundido com o professor. O menino teria se encostado à garota depois que ela caíra no chão enquanto brincavam. Os pais da menina chegaram a registrar boletim de ocorrência, mas retiraram a queixa depois de terem acesso às imagens.
Também sobre a segurança, Ângela afirmou que as unidades estão mais bem vigiadas por conta da chamada “cerca eletrônica”. Trata-se de um sistema de monitoramento por câmeras instaladas em pontos de entrada e saída do município. As imagens são gravadas e acompanhadas em tempo real pela empresa responsável e pela GCM.
No evento, a secretária recebeu flores de funcionários da pasta. A primeira-dama Ana Paula Cury Fiúza Coelho, presidente do Fundo Social de Solidariedade, discursou dizendo que considera a Educação como “a base de tudo”.
“A nossa prioridade, a nossa bandeira de governo é a Educação. É isso o que eu quero para os meus filhos e para os filhos de todos os tatuianos. Podem ter certeza disso, já que, só com Educação, nós podemos mudar o mundo”, disse.
Por fim, a primeira-dama destacou o trabalho desenvolvido por Ângela à frente da pasta. As duas participaram dos descerramentos da placa e da fita inaugural da unidade. Antes, a pastora Fátima Alves, do Ministério Apostólico Vida na Palavra, fez uma oração para abençoar as instalações da nova unidade.