Em um mês de funcionamento, o Ecoponto do Jardins de Tatuí, primeiro a ser instalado na cidade, recebeu mais de 12 metros cúbicos de entulho da construção civil. Além dos resíduos de pequenas obras, o local pode ser utilizado para descarte de galhos e restos de podas de árvores, móveis, lâmpadas e eletrodomésticos inservíveis.
Para o perito ambiental José Vicente Alamino de Moura, do Dema (Departamento Municipal de Meio Ambiente), a quantidade de entulho recebida pelo Ecoponto deverá aumentar nos próximos meses, à medida que a população tome mais conhecimento sobre o equipamento, instalado à rua Farid Sallum.
Atualmente, o Ecoponto recebe resíduos sólidos entre as 8h e 14h, de segunda a sexta. Conforme for aumentando a necessidade, o departamento estudará formas de estender o horário de funcionamento.
“A população tem aderido bastante ao Ecoponto, como era a nossa intenção, de encaminhar os resíduos à destinação correta dentro da legislação ambiental”, comentou.
Até o final de 2020, Tatuí deverá ganhar outros sete postos de coleta de materiais. O segundo Ecoponto poderá ser instalado ainda neste ano. O Dema já tem um projeto para o local. O orçamento deve ficar próximo a R$ 70 mil, sem contar os custos de terreno. O novo ponto ainda não tem local definido.
“Estamos seguindo o Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Ao longo do tempo, quando cumprirmos essa meta, vamos ver a necessidade de instalar mais ecopontos, além desses sete que estão previstos”, contou.
Pela análise realizada pelo Dema, oito é o número ideal de ecopontos para cobrir todo o perímetro urbano de Tatuí. Cada local deverá atender a uma determinada quantidade de bairros, evitando que alguns ecopontos sejam sobrecarregados.
“Vale lembrar que é somente para pequenos volumes, de até um metro cúbico. Estamos atendendo carroceiros que fazem a limpeza de pequenas obras e levam pouca quantidade”.
O volume de resíduos da construção civil coletados no primeiro mês equivale a três caçambas de quatro metros cúbicos, de modelo semelhante às oferecidas pelas empresas privadas de coleta de entulho.
“Até esta semana, coletamos três caçambas. O resíduo da construção civil foi destinado à usina de britagem do Jardim Gramado, onde eles (funcionários da Prefeitura) fazem a preparação do material”, explicou.
Os outros entulhos coletados são encaminhados à Cooreta (Cooperativa de Recicláveis de Tatuí), que lhes dá a destinação correta. Os sofás são desmontados e têm as madeiras encaminhadas à Eucatex e as espumas, levadas por uma fábrica que faz a remanufatura do material.
As lâmpadas e eletrônicos também têm destino específico, dentro das leis ambientais. Os pneus são coletados por uma empresa que paga à cooperativa pela retirada do material do meio ambiente. Os recicláveis são vendidos.
“É um volume considerável. Temos um funcionário que faz o controle de entrada e saída no Ecoponto e um levantamento do material e da procedência dele. Não permitimos a entrada de caminhões para descarga de resíduos. O nosso atendimento é somente para moradores”, frisou.
A instalação de ecopontos tende a fazer com que os moradores respeitem mais o meio ambiente e deixem de jogar entulho em estradas rurais e terrenos baldios. O número de pontos irregulares de descarte de entulho deve reduzir ao longo do tempo.
“Toda semana fazemos a coleta de materiais no Ecoponto. A caçamba é aberta, entretanto, não tem riscos de proliferação de vetores, até mesmo porque os resíduos ficam pouco tempo no local”, declarou.
Novos ecopontos
A maior dificuldade para a instalação de novos ecopontos na cidade, segundo Moura, é o custo. Apesar de o valor ser considerado baixo, a situação financeira nacional e local são impeditivos para a inauguração de novos espaços para a coleta de resíduos sólidos.
“A nossa intenção é instalar o mais rápido possível. Vamos fazer um esforço para construir com maior brevidade o maior número de ecopontos para a população. Podemos fazer mais um neste ano, e temos até o layout”, relatou.
O desenho do segundo ecoponto a ser instalado na cidade é simples. O local seria cercado por um alambrado e contaria com guarita para controle de entrada e saída.
Áreas cobertas serviriam para guardar recicláveis como metais, papel, plástico, vidro, entre outros. Caçambas acondicionariam resíduos da construção civil, restos de podas de árvores e madeiras, separadamente.
“A previsão é de que façamos os próximos desta forma. Caso não tenhamos recursos para fazer esses, vamos fazer do mais simples, que é o que temos no Jardins de Tatuí”, explicou.
Os ecopontos são tendências nas grandes metrópoles. A capital paulista, por exemplo, conta com 98 locais de destinação de resíduos, todos geridos por consórcios privados.
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