O duo Heimann-Braga, formado pela pianista Míriam Braga e pelo saxofonista Erik Heimann Pais, realiza neste mês as gravações do CD “Miniaturas, Serestas e outras Imagens do Brasil”.
O trabalho tem patrocínio do Proac (Programa de Ação Cultural), por meio de edital de apoio a projetos de gravação de disco inédito e circulação de espetáculos de música erudita no Estado de São Paulo.
O projeto “visa a resgatar, difundir e fomentar a linguagem clássica do repertório brasileiro de câmara para saxofones e piano, por meio de repertório que valoriza aspectos frequentemente presentes nas obras para essa formação e pretende atingir tanto músicos quanto grande público”.
O CD traz versões originais para saxofone e piano de sete compositores brasileiros que nunca foram gravados com esta formação. São obras de Liduíno Pitombeira, Edino Krieger, Edmundo Villani-Côrtes, Antonio Ribeiro, Renato Goulart, Fernando Morais e Oscar Lorenzo Fernandez.
O trabalho é dedicado a obras datadas de 1934 a 2014. Com exceção de Fernandez, todos os demais compositores são vivos e atuantes, em quase uma hora de música.
O projeto prevê, além da produção e gravação do CD, apresentações gratuitas de lançamento e workshops em cinco diferentes cidades do Estado, fora concertos didáticos para crianças da rede pública de educação fundamental.
Para o duo, além da gravação das obras inéditas, a circulação do trabalho também é ação importante do projeto. “A circulação deste repertório em espetáculos é importante, pois a presença do saxofone na música erudita brasileira ainda é pouco conhecida do grande público, especialmente daquele residente distante das capitais”, destaca. “Apesar das primeiras obras brasileiras para saxofone clássico serem datadas da segunda década do século 20, a presença do saxofone na música popular é a maior referência dos jovens instrumentistas de hoje”.
“Isso faz com que o lançamento do CD, mais as apresentações dos espetáculos e workshops, seja um diferencial na formação tanto de novos saxofonistas quanto de jovens compositores”, justifica o duo.
A gravação do CD tem, também, importância na história fonográfica brasileira, dentro da discografia nacional para saxofone clássico e piano, uma vez que registra todas as faixas com a mesma formação instrumental, abordando repertório integral de compositores nacionais.
Este é o primeiro registro fonográfico do duo Braga-Heimann, que estreou no ano de 2007 com recitais no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo.
Os músicos se dedicam, atualmente, com exclusividade ao repertório erudito para saxofone e piano de compositores brasileiros e vem se apresentado em diversos estados e internacionalmente, em Montevidéu (Uruguai) e Celles-Sur-Belles (França).
O duo também tem participado de festivais internacionais de saxofonistas representando o repertório brasileiro de câmara para esta formação.