Duas vítimas ‘caem’ em golpes de empréstimo e renegociação

Da Redação

Duas pessoas procuraram a Polícia Civil no fim do mês passado para registrar boletins de ocorrência relativos a golpes financeiros pela internet. As vítimas, um homem de 49 anos e uma mulher de 29, sofreram prejuízos em dias distintos. Ambos denunciaram estelionato.

O primeiro caso ocorreu no dia 18 de outubro, sendo registrado no dia 1º, por uma moradora do Jardim Planalto. A vítima disse que o golpe ocorreu por meio do WhatsApp, envolvendo a quitação de um débito de energia elétrica.

Em depoimento, a mulher conta que entrou em contato com o que parecia ser o setor financeiro da concessionária.

Após enviar mensagem, a mulher teria sido informada de que estaria interagindo com uma assistente virtual. A moradora, então, havia selecionado a opção “negociação de dívidas”, recebendo o valor total do débito, de R$ 1.396,34, dividido em uma entrada de R$ 396,34 mais sete parcelas de R$ 100.

Depois de pagar “o sinal”, a vítima disse ter recebido um comprovante e solicitado, pelo telefone, a religação da energia. No dia seguinte, contou que o fornecimento havia sido restabelecido. Contudo, na quarta-feira, 1º, um funcionário da concessionária teria ido à residência dela para informar que “iniciaria o desligamento por falta de pagamento”.

Surpresa, a proprietária contou que havia parcelado o débito e tentado argumentar com o funcionário que estava havendo um mal-entendido. No entanto, teria descoberto que o pagamento da primeira parcela da renegociação fora feito em nome de terceiros, não sendo validado.

O segundo caso ocorreu em 26 de outubro, envolvendo representante de uma empresa na área da construção civil que negociava um empréstimo financeiro.

Em depoimento, o homem diz que, para pegar o dinheiro, teria conversado com golpistas, por meio de dois telefones fixos. Durante a negociação, os criminosos teriam demonstrado “cordialidade e conhecimento técnico”.

A vítima contou que pretendia emprestar R$ 170 mil e, para formalizar o acordo, chegou a “reconhecer firma” (registrar a negociação em cartório e autenticar a assinatura) do contrato bancário.

No total, o representante declarou ter pagado R$ 11.817,23 aos golpistas. O dinheiro seria relativo a taxas para que o empréstimo fosse liberado.