No dia 5, na PUC-Minas, em uma prova de português para seleção de estagiários do Ministério Público Federal de Minas Gerais, apareceram algumas questões que mostram como está espalhada em todos os cantos essa praga ideológica que tanto mal já fez ao nosso país.
Uma prova de português, que analisaria as questões gramaticais, com várias alternativas para assinalar a correta, tinham frases do tipo:
– Questão 09
a) Os golpistas ficaram “prostados” com a reação que se viu nas ruas em defesa da democracia.
d) O juiz infringiu a legislação ao divulgar o conteúdo de interceptações telefônicas.
– Questão 10
b) O tráfego de influência é uma das práticas mais comuns na Câmara dos Deputados.
c) O analfabetismo político é um mal cada vez mais comum em quem assiste ao “Jornal Nacional”.
– Questão 13
d) Segundo renomados juristas, a presunção de inocência, “apezar” de configurar direito constitucional, vem sendo ignorada pela Operação Lava Jato.
São questões agressivas à democracia, de cunho altamente doutrinário, contra o impeachment legal de Dilma, contra algumas instituições democráticas, que nunca deveriam fazer parte de uma prova seletiva para nenhuma escola brasileira. Como as questões circularam pela imprensa e causou muita revolta, o MPF de Minas Gerais soltou uma nota onde diz que várias questões foram anuladas e a servidora responsável pela elaboração foi exonerada.
O MPF também divulgou uma nota reafirmando seu compromisso com a atuação apartidária e impessoal em defesa da ordem jurídica e dos direitos e garantias fundamentais, bem como com os valores da transparência, da ética, da moralidade, da independência funcional e da unidade.
Por outro lado, no Rio Grande do Sul, um grupo de estudantes ligados ao Psol lançou um manual de como fazer manifestações de rua e ocupação de escolas. Até quando vamos conviver com essa bagunça?
* Colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: “As Sete Portas”, “Ariane, A Palavra Perdida” e o “A Tumba do Apóstolo”.