Da reportagem
A prefeitura, por meio do Setor de Combate à Dengue, da Secretaria da Saúde, informou nesta semana que, no dia 22 de novembro, foram registrados dois casos autóctones de dengue em Tatuí (contraídos no próprio município) em duas mulheres, residentes nos bairros Residencial Santa Cruz e Jardim São Paulo.
Em virtude disso, nesta quarta-feira, 30, a secretaria realizou a nebulização portátil, no período da manhã, no Jardim São Paulo, e à tarde, no Residencial Santa Cruz. Além disso, foi disponibilizado um carro de som informando os moradores sobre o registro dos novos casos.
O setor lembra que, para o serviço ser eficaz, é necessário que o morador libere o acesso às residências aos profissionais (os quais possuem identificação) para a nebulização ser feita nos quintais.
“É importante que os moradores abram as janelas e portas, já que o mosquito se aloja dentro das moradias. Além disso, devem cobrir gaiolas de pássaros e alimentos. A ação, em todos os seus processos, dura cerca de 45 minutos, podendo, então, o cidadão retornar à sua residência”, explicou a coordenadora do Setor de Combate à Dengue, Juliana Aparecida de Camargo da Costa.
Ela reforçou que mais ações serão realizadas pelos agentes da prefeitura e pela empresa terceirizada Simeprag. “Não queremos que Tatuí volte a ter um novo surto da doença, como no ano passado. Por isso, é vital que a nossa população colabore com os profissionais”, frisou.
Atualmente, a equipe do setor tem 34 profissionais atuando nas vistorias em imóveis e no combate aos criadouros.
Juliana alertou para a chegada dos meses chuvosos: “É preciso que haja cidadania entre as pessoas. O período de chuvas, que está se aproximando, é um fator que ajuda a disseminar o vírus”.
“Parte da população continua sujando as ruas, que antes foram limpas. Novamente, vemos que estão cheias de lixos, como sofás, armários, recipientes cheios de água, dentre outros. Isso dificulta o nosso trabalho. O combate à dengue vai além da ação dos agentes”, pontuou.
“Medidas simples como deixar a caixa d’água bem fechada e limpa, descartar de forma adequada pneus usados, retirar do quintal objetos que acumulam água, como vasos de planta, potes e garrafas, e manter materiais de reciclagem em saco fechado e em local aberto são fundamentais para que não haja focos de criadouros”, acentuou Juliana.
De janeiro a outubro do ano passado, no auge do surto, o número de casos positivos foi de 20.453, 92.868,18% maior em relação ao mesmo período deste ano, com 22 casos. Já o total de positivos em 2021 foi de 20.595, de acordo com o Setor de Combate à Dengue.
No comparativo, o número de infecção da doença caiu de 335 casos, em janeiro de 2021, para zero, no primeiro mês deste ano; de 2.974, em 2021, para um, em fevereiro; de 8.109 para três, em março dos dois anos; de 7.746 para quatro, com relação a abril; e de 1.277 para cinco, quanto a maio de 2021 e 2022.
Em junho do ano passado, foram 134 casos e, no mesmo mês deste ano, três. Julho de 2021 teve oito casos, enquanto o sétimo mês deste ano, somente um. Em agosto de 2021, foram quatro casos e, no oitavo mês deste ano, apenas um.
Em setembro do ano passado, também foram quatro casos; já no mesmo período deste ano, somente um. No décimo mês de 2021, apenas um caso foi registrado. Em outubro deste ano, o número caiu para zero. Em novembro do ano passado, foram três casos; já no décimo primeiro mês deste ano, dois casos.
O mais recente relatório técnico, elaborado pela pasta da saúde com os resultados do trabalho de prevenção contra a dengue, apontou que, entre 12 de outubro e 10 de novembro, o setor realizou 18.954 visitas a imóveis e 77 ações que, segundo Juliana, contribuíram com que a análise de densidade larvária (ADL) do município fosse de 0,91, o que é considerado satisfatório pela Secretaria da Saúde do estado.
Os dois cemitérios da cidade, o Cristo Rei e o São João Batista, também foram vistoriados em busca de possíveis criadouros. Entretanto, nada foi encontrado.
De 21 a 26 de novembro, também foram realizadas diversas ações na cidade, como a distribuição de cartazes para os munícipes e a retirada de materiais inservíveis acumulados nas margens do ribeirão Manduca.
Os agentes de controle de endemias participaram de treinamento de nebulização portátil, realizado pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias).
As denúncias podem ser esclarecidas e/ou informadas à Ouvidoria Municipal. O atendimento pode ser presencial (à rua João Ortiz de Camargo, 594, centro, antiga sede da Secretaria de Saúde), de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h; pelos telefones (15) 3251-3576 e 0800-770-0665; ou ainda pelo www.tatui.eouve.com.br.