Município segue orientação dada por associação de agentes de trânsito
Seguindo a tendência de vestir em amarelo os agentes de trânsito, os “marronzinhos” tatuianos vão trocar de uniforme nas próximas semanas. A novidade já havia sido antecipada pela mascote lançado no mês de fevereiro pelo DMMU (Departamento Municipal de Mobilidade Urbana).
De acordo o diretor do órgão, Yustrich Azevedo Silva, a mudança de cor segue recomendação da Associação Nacional dos Agentes de Trânsito. A cidade de São Paulo, que tradicionalmente utilizava o uniforme marrom, também trocou a cor no início deste ano.
O amarelo é mais chamativo no trânsito tanto durante o dia quanto à noite e dá maior segurança aos agentes. A cor antiga ficava “apagada” no ambiente urbano, mesmo com as faixas reflexivas, que funcionam somente no escuro.
“Nós já fizemos o pedido para novos uniformes ao setor de compras. Como precisávamos comprar peças novas para os agentes, resolvemos implantar a mudança nessa aquisição. Nossos agentes ficarão mais seguros com a nova roupa”, argumentou.
O diretor do órgão garantiu que o novo uniforme não custará mais caro que o antigo. Serão adquiridas duas “mudas” de roupas para cada um dos seis agentes de trânsito locais.
Além dos uniformes, o departamento estuda solicitar novas viaturas. A aquisição pode ocorrer por dois meios: a compra direta por parte da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Mobilidade Urbana ou por meio da Receita Federal.
Silva adiantou que encaminhará, nas próximas semanas, um pedido ao secretário José Roberto Xavier da Silva. Nele, constará a aquisição de pelo menos um veículo para ser utilizado pela equipe de fiscalização de trânsito.
A última aquisição de automóveis para o órgão foi na gestão do ex-prefeito e atual secretário municipal do Governo, Luiz Gonzaga Vieira de Camargo.
“Não tivemos renovação da frota nos últimos anos. A nossa intenção é pedir isso para a secretaria da Segurança Pública, mas depende da disponibilidade financeira da Prefeitura”, ressaltou.
Caso a solicitação não seja acolhida pela Prefeitura, o órgão encaminhará um pedido à Receita Federal. O órgão apreende veículos utilizados na prática de contrabando. Quando esgotados os recursos dos proprietários, a União destina os veículos para leilão ou doação para prefeituras e entidades filantrópicas.
“Estamos começando a juntar documentos para fazer esse pedido administrativo para a doação. Esse é um meio que podemos utilizar para conquistar uma nova viatura sem onerar a Prefeitura”, informou.
Atualmente, a equipe do DMMU conta com duas motocicletas, um carro e uma picape. Os dois automóveis são utilizados em serviços de manutenção de sinalização viária, trabalhos de desvios e fiscalizações.
“Carregamos muitos cones, alguns são grandes, e é um pouco complicado. Os veículos trabalham diuturnamente, só param para manutenção, como troca de óleo de motor e pneus”, contou.
Apesar de ter um número limitado de agentes – dois dos seis têm restrições médicas para o ofício nas ruas –, Silva afirmou que o departamento “faz um trabalho de formiguinha” e dá conta das demandas da cidade. A quantidade que trabalha nas ruas está distante do considerado ideal pelo diretor, que é entre 10 e 12 funcionários.
Os agentes se dividem entre os trabalhos de renovação de sinalização viária, apoio nos bloqueios nas operações de recuperação asfáltica e na fiscalização de trânsito. A responsabilidade se estende à segurança viária nas estradas municipais que demandam fiscalização e sinalização.
“Há a necessidade de termos novos agentes, e precisamos de um concurso público para contratar mais, tendo por base que Tatuí tem quase 78 mil veículos e quatro agentes nas ruas”, frisou.
Mesmo com o número limitado de funcionários, o diretor pretende estender a área de atuação do DMMU para a educação de trânsito. Com a mascote, agentes devem passar por escolas públicas e particulares de ensino fundamental para darem palestras sobre educação no trânsito. As visitas terão início neste mês.
Elas devem ser aproveitadas para o anúncio da eleição do nome da mascote do DMMU, que será escolhido em conjunto pelos agentes e por estudantes do primeiro ciclo do ensino fundamental. O “batismo” será feito na Semana Municipal de Trânsito, marcada para setembro.
“Achamos que, com uma mascote, os alunos devem assimilar a imagem do boneco com os nossos agentes, que usarão o mesmo uniforme. Creio que isso ajudará no aprendizado das regras de trânsito”, declarou.
