O ensino infantil em Tatuí é mais concorrido que o ensino fundamental. É o que informou a secretária municipal da Educação, Cultura e Turismo, Ângela Sartori.
De acordo com ela, a pasta registra maior demanda por vagas em creche que em qualquer um dos anos do ensino fundamental. A explicação é que tanto pais como mães estão inseridos no mercado de trabalho e não têm condições de contratar algum profissional para deixarem seus filhos enquanto cumprem expediente.
“Antigamente, a mãe era só dona de casa. Atualmente, não. A mãe precisa trabalhar tanto quanto o pai. É uma necessidade. Então, sempre tem demanda. Nós construímos creches, e as vagas não param de crescer”, comentou Ângela.
Conforme a secretária, o ensino fundamental também se torna “menos concorrido” que as creches porque muitas crianças matriculadas nas creches ingressam em outras unidades de ensino particulares. Devido a isso, uma parte do alunado recebido pelas unidades infantis continua na rede pública.
“Em todas as escolas de ensino fundamental que nós temos não existe fila de espera. Também não existe nada de superlotação. Algumas até trabalham com número reduzido de alunos do permitido”, relatou a secretária.
A única exceção é o Jardim Santa Rita de Cássia, que não consegue atender todo o alunado na mesma região. Entretanto, Ângela afirmou que os estudantes serão acolhidos em nova escola municipal de ensino fundamental, após inauguração programada para esta quarta-feira, 7.
O Executivo estima atender 800 alunos, parte deles de famílias que residirão no Vida Nova Tatuí. A primeira etapa do empreendimento (de 1.295 unidades habitacionais) deve ser entregue ainda neste ano. “Serão 1.200 famílias. Se cada uma tiver uma criança, terei uma demanda igual de alunos”, disse Ângela.
Para absorver esse alunado, a secretaria lança mão de diversos recursos. Entre eles, o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), uma parcela dos 25% do Orçamento municipal dedicado à Educação, e parcerias com os governos estadual e federal.
Ângela enfatizou que, das unidades a serem entregues pela atual administração, três são fruto de parceria. As demais são construídas com recursos próprios e do Fundo.
Mais que aumentar “o patrimônio público” formado por prédios da Educação, os investimentos trarão outro incremento. A secretaria estima elevar ainda mais o número de estudantes sob sua responsabilidade. Atualmente, são 15 mil alunos atendidos na educação infantil e ensino fundamental.
De antemão, Ângela não tem previsão de crescimento no quadro de alunos. Conforme ela, a secretaria precisa levar em consideração a chegada de novos estudantes, que pedem transferências de escolas particulares ou vêm de outras cidades.
A secretaria conta, atualmente, com 1.600 funcionários. Desses, perto de 700 são professores.