Delegacia registra BOs seguidos com acusações de estupro de vulneráveis

Da redação

A Delegacia Central registrou duas acusações de estupro de vulneráveis durante o feriado do Dia de Finados, na segunda-feira, 2. Em um dos casos, as vítimas são irmãos do acusado e, no outro, o pai teria violentado três filhos.

De acordo com o boletim de ocorrência do primeiro caso, registrado por volta das 18h, a mãe e a irmã de um garoto de 11 anos e um jovem de 19(com necessidades especiais) afirmam ter sido vítimas de violência sexual há cerca de uma semana.

Conforme o boletim, o crime teria sido cometido por um irmão mais velho das duas vítimas, de 26 anos. A mãe e a irmã declaram que o acusado deixou a residência da família, no Jardim Rosa Garcia 2, após a descoberta da violência, e que não sabem o paradeiro dele.

O delegado plantonista determinou que as testemunhas prestassem depoimento e o boletim de ocorrência fosse registrado sem declarações das vítimas. Ele expediu as requisições para que as vítimas realizassem exames no IML (Instituto Médico Legal).

Por tratar-se de ocorrência tendo uma criança e uma pessoa com necessidades especiais como vítimas, o delegado ainda estabeleceu que os autos processuais fossem enviados à Delegacia de Defesa da Mulher, para investigação.

Conforme o boletim do segundo caso, registrado por policiais militares por volta das 22h20, uma equipe foi acionada para atender a uma ocorrência de agressão, no bairro Jardim Thomaz Guedes.

No local, segundo o boletim, a mãe de três crianças – sendo duas meninas e um menino, todos com menos de dez anos -afirmou que elas estariam sendo “abusadas”, física e sexualmente, pelo pai.

De acordo com o BO, os policiais acionaram o Conselho Tutelar para acompanhar as investigações. No imóvel, os agentes encontraram as três vítimas, sendo que o menino estava com um sangramento na orelha esquerda e dores na cabeça.

Os policiais militares informaram à PC que a menina mais nova mostrou um “galo” na cabeça e diversas lesões pelo corpo, principalmente nas costas e nádegas, afirmando que apanhara naquele dia. Já a irmã mais velha possuía lesões nas costas e na região do tórax.

Em determinado momento, segundo o BO, a garota mais velha quis conversar reservadamente com uma policial militar e com a conselheira tutelar. Ela revelou que sofria violência sexual, mas disse que os abusos não haviam acontecido naquele dia.

De acordo com o boletim, os PMs conduziram os envolvidos -exceto as três crianças – ao plantão policial. O delegado ouviu os policiais, a conselheira tutelar, a mãe e um tio das vítimas, “constatando que as crianças passavam por abusos físicos constantes”.

O acusado, conforme o BO, confessou que agredira o filho, “sem saber o motivo”. No entanto, o suspeito negou ter agredido as filhas, alegando que elas teriam caído de bicicleta. Da mesma forma, o pai das vítimas também negou o crime sexual.

O delegado determinou a elaboração do auto de prisão em flagrante contra o acusado, pelos crimes de lesões corporais decorrentes de violência doméstica, tendo o filho e a filha mais nova como vítimas.

Os crimes de maus-tratos e estupro de vulnerável, por não terem acontecido no dia da ocorrência, não constam no auto de prisão em flagrante, porém, ainda serão investigados em inquérito policial. O delegado expediu as requisições para exames periciais do IML. O acusado acabou detido, ficando à disposição da Justiça, sem possibilidade de fiança.