Da reportagem
A Defesa Civil de Tatuí, por meio do Programa Estadual de Aparelhamento dos órgãos municipais, recebeu na manhã de quarta-feira, 20, 33 novos equipamentos para o órgão.
A cerimônia aconteceu no paço municipal e foi acompanhada por autoridades locais e pelo major Everaldo Calazans de Almeida, representando o deputado estadual Danilo Balas (PL), autor da emenda parlamentar para a compra dos produtos.
Com o repasse, o órgão passa a contar com um conjunto de combate a incêndio de tanque rígido e capacidade para 600 litros de água, uma balsa inflável, dois motogeradores elétricos, seis torres de iluminação em LED, 12 rádios portáteis de comunicação, três motosserras, três tendas e cinco varre sopradores.
O recurso, no valor de R$ 200 mil, foi intermediado pelo vereador Leandro de Camargo Barros (Cidadania). De acordo com as regras do programa, o dinheiro é repassado à Defesa Civil do estado, sendo destinado à prefeitura, em sequência, para a compra de equipamentos.
Em Tatuí, a Defesa Civil atua de forma integrada com outros órgãos governamentais. As atribuições dela incluem o monitoramento de riscos, elaboração de planos de emergência, mobilização de recursos e realização de ações educativas como forma de “conscientizar a população a respeito das medidas de segurança”.
Barros agradeceu o deputado e elencou as demandas atendidas por Balas em benefício a Tatuí. Entre elas, citou recurso de R$ 50 mil para a escola “Lienette Avalone Ribeiro”, R$ 70 mil para o canil da Guarda Civil Municipal e R$ 50 mil para reforma e ampliação de creches.
Ainda foram destinados R$ 500 mil à Faculdade de Tecnologia de Tatuí (Fatec), R$ 100 mil para o “Natal Encantado”, R$ 100 mil para a aquisição de computadores e equipamentos ao programa “Muralha Paulista” e, por fim, R$ 500 mil para a aquisição de câmeras (que também integram o sistema de segurança do estado). Ele ainda anunciou mais um recurso de R$ 200 mil, indicado por Balas, à Saúde do município.
“Cautela e canja não fazem mal a ninguém. A prevenção que a Defesa Civil faz é imprescindível. Desta forma, é melhor prevenir do que remediar”, salientou.
O prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior afirmou que a atuação da Defesa Civil “já salvou muitas vidas em Tatuí”. E citou às chuvas que atingiram a cidade no dia 28 de janeiro do ano passado, como forma de explicar a necessidade em munir o órgão com equipamentos preventivamente.
“Naquele 28 de janeiro, nós tivemos – talvez não comprovadamente – a maior chuva dos últimos 60 anos do nosso município. E logo, à noite, convocamos todo o pessoal da Defesa Civil e secretarias para atenderem à população. E posso dizer que eles salvaram muitas vidas”, sustentou.
Para o coordenador da Defesa Civil, Sérgio Luiz de Moraes, o recebimento dos materiais é de “grande importância”. Ele reforçou que os novos equipamentos se somarão aos já utilizados pelo órgão para “ajudarem nas ocorrências no município”.
Ele ainda disse que as novas aquisições podem ser utilizadas para o controle de queimadas em períodos de estiagem.
Minha Casa Minha Vida
Durante a solenidade, Cardoso Júnior anunciou o “andamento” das unidades habitacionais subsidiadas pelo programa Minha Casa Minha Vida. De acordo com ele, os primeiros beneficiados serão os moradores de áreas de risco que perderam o único imóvel por situação de emergência ou estado de calamidade pública.
Os imóveis destinados à cidade integram a “faixa 1” do programa, sendo subsidiados com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) ou do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), para famílias que recebem renda bruta de até R$ 2.640. No entanto, segundo o Executivo, os moradores de áreas de risco receberão os imóveis de forma gratuita.
“Não é financiamento. Eles vão receber ali no bairro Santa Emília. Esse talvez seja o nosso maior projeto e o maior evento da nossa administração, não tenho dúvida. Morar com segurança é dignidade”, argumentou.
Cardoso Júnior disse que estão ocorrendo sucessivas reuniões com o secretariado municipal para que a administração possa definir os próximos passos. Ele afirmou acreditar que ainda neste ano as novas casas possam ser entregues às famílias “ribeirinhas”. Entretanto, contou que os moradores mapeados pela prefeitura, que antes ocupavam as áreas de risco, já foram realocados a outras residências, por meio do aluguel social custeado pela administração municipal.