DC atualiza dados e divulga ‘mapa de riscos’ da cidade





Nesta semana, a Defesa Civil atualizou dados em Tatuí e divulgou o “mapa de riscos”. Em nota enviada à redação de O Progresso, o coordenador adjunto, João Batista Alves Floriano, destacou a existência do Nudec (Núcleo Comunitário de Defesa Civil), em operação no distrito de Americana, e afirmou que a cidade está em “estado de observação”.

De acordo com ele, o Nudec é vinculado à Comdec (Coordenadoria Municipal de Defesa Civil). O primeiro núcleo implantado no município – considerado um braço do órgão – entrou oficialmente em operação em setembro do ano passado.

A cerimônia de implantação aconteceu no dia 28 daquele mês, no barracão de eventos da Igreja de São Roque. O trabalho de criação envolveu dezenas de colaboradores, empenho de representantes da DC local e durou, aproximadamente, seis anos. Ele começou a partir de enchente registrada em 2007.

Floriano divulgou, também, a relação de áreas da cidade que apresentam mais riscos de inundações ou alagamentos e deslizamentos de encostas ou de barrancos.

No material, o coordenador divulga informação inédita: a relação de bairros que apresentaram “registros mais constantes de vendaval”.

De acordo com o mapa, as inundações ou alagamentos podem ocorrer no distrito de Americana (provocados pelo transbordamento de águas dos rios Sorocaba e Tatuí); no Jardim Thomaz Guedes (que margeia o rio Tatuí); e no Parque Três Marias (na avenida Caetano Palumbo, próximo ao ribeirão do Manduca).

O centro da cidade também apresenta riscos de alagamentos em dois pontos. Um deles é a região da Rodoviária Municipal “Pedro de Campos Camargo”; e o outro, o Mercado Municipal “Nilzo Vanni”.

Ainda segundo a DC, há riscos de “fortes enxurradas em ruas centrais” e de alagamentos na vila Dr. Laurindo, nas proximidades do Clube Renascer da Terceira Idade.

Pontos de deslizamentos de encostas e barrancos concentram-se em três bairros: Morro Grande, Jardim Europa e Jardim Perdizes.

Já os vendavais têm sido registrados constantemente no Residencial Astória, Jardim Santa Rita de Cássia, Valinho, Jardim São João, CDHU “Orlando Lisboa de Almeida”, Jardim Wanderley, vila Angélica, Jardim Gonzaga e bairro do Queimador.

Conforme a DC, a cidade costuma ser atingida por vendavais (e registrar pequenos estragos) “rigorosamente nessa ordem de bairros”. Tatuí também segue o PPDC (Plano Preventivo de Defesa Civil), realizado em todo o Estado.

Ele consiste em ações preventivas que têm como objetivo antecipar a ocorrência de desastres (naturais, humanos ou “mistos”), de forma a neutralizá-los ou minimizá-los. O PPDC é realizado até o dia 31 de março, podendo ser prorrogado até 30 de abril. Ele começou em 1o de dezembro.

Segundo Floriano, esse é o chamado “período das águas” – meses em que o volume de chuva é maior. No decorrer desse tempo, as cidades que trabalham com o plano estão sujeitas a receber “grandes acumulados de chuva”, o que provoca inundações e deslizamentos de encostas e barrancos.

O PPDC é realizado em quatro fases, sendo que cada uma delas determina quais tipos de ações e medidas preventivas são realizadas pelo órgão.

No estado de “observação” (caso de Tatuí), a Defesa Civil realiza apenas acompanhamento dos índices pluviométricos (medição diária do volume de chuva).

No estado de “atenção”, a equipe da DC parte para vistorias de campo; no de “alerta”, acontece a remoção de famílias que vivem em áreas de risco iminente (de deslizamento, desmoronamento, enchentes ou inundações); no de “alerta máximo”, a remoção abrange pessoas que vivem em todas as áreas de risco.