Da Predicado Comunicação
Entre tantos impactos deixados pelo contágio da Covid-19 em muitas pessoas está a sarcopenia – perda muscular que acomete pacientes que tiveram casos moderados até os mais graves.
Pesquisa realizada pelo Hospital Sírio-Libanês e publicado no periódico “Frontiers in Physiology” constatou que, em hospitalizações por causa do vírus, a perda de massa muscular da coxa chega a 3,7% por dia.
Com a perda da força muscular e funcional, a tendência é o aumento dos riscos de quedas e fragilidades motoras que comprometem significativamente a qualidade de vida da pessoa, ressalta o presidente da SBOT-RS (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Rio Grande do Sul), Fábio Krebs.
O tempo prologando no leito, uso de ventilação mecânica ou diálise e medidas invasivas são alguns dos fatores que resultam na perda de força muscular.
Mas o especialista lembra que a situação não atinge apenas pessoas que tiveram Covid. “A sarcopenia é um problema característico do envelhecimento, já que a queda dos níveis de testosterona, por exemplo, impacta na síntese de proteína, fundamental para a formação dos músculos”, fala.
“Tem, ainda, a questão de alterações hormonais, que podem influenciar no aparecimento da sarcopenia e, por isso, as mulheres estão mais expostas à patologia”, completa.
O médico lembra também que alguns hábitos são determinantes para prevenir ou acelerar esse processo, podendo atingir, inclusive, pessoas jovens. “Sedentarismo, má alimentação, consumo excessivo de álcool e fumo estão entre os fatores que contribuem para o problema”, lista.
Entre os sintomas da perda muscular, estão dificuldade em realizar atividades cotidianas, como subir escada, trocar uma lâmpada e carregar compras, e desequilíbrio ao andar em terrenos acidentados, como ruas com desníveis e buracos. “Quando a perda muscular já está em estado avançado, quedas costumam ser constantes”, ressalta o médico.
O especialista salienta que, aqueles que não têm o problema, mantenham um adequado condicionamento muscular, praticando atividades físicas. Já os que estão com o problema, recomenda-se procurar um médico ortopedista para receber as orientações e cuidados para uma recuperação muscular adequada.
Sobre a SBOT-RS
A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Rio Grande do Sul (SBOT-RS) possui comitês com ortopedistas especializados, com expertise para esclarecimentos sobre os mais variados temas relacionados à especialidade.
As fontes médicas da SBOT-RS estão à disposição para reportagens e entrevistas sobre a saúde na área ortopédica, como os cuidados com o teletrabalho e home office atrelados à ortopedia; lesões por esforço repetitivo pelo uso constante de celulares, computadores e videogames (como tendinite, por exemplo); problemas na coluna; acidentes nos esportes com lesões, acidentes domésticos e de transportes com lesões, deformidades, pé diabético, fraturas, dicas preventivas para a prática segura de atividades profissionais, esportivas e no dia a dia, para melhor qualidade de vida, entre outros assuntos.