Era começo de janeiro…
O ano ensaiava ainda seus primeiros gorjeios matinais; uma chuvinha peneirada caía, lá pela uma da manhã, refrescando o verão carioca.
Nós dois, Anna Maria e eu, de táxi, descobrindo, em plena madrugada, o Rio, capital da República daquele tempo, tempo da “cidade maravilhosa cheia de encantos mil”…
Nossos olhos contemplando anúncios luminosos nas ruas e avenidas que nos levavam a Copacabana – a “princesinha do mar”, como cantava Dorival Caymmi.
Chegamos.
E agora era uma tépida neblina que nos recebia, com um turbilhão de beijos, em plena calçada da avenida Atlântica!
O mar bramia a poucos metros de nós e a quietude da madrugada musicada pelo marulhar das ondas inquietas nos emocionava com tanta poesia.
O chope do Alcazar! Ah! Copacabana…