Como forma de reduzir ainda mais seu índice de perdas (atualmente, de 1,65%, enquanto o setor supermercadista apresenta uma média de 1,96%), a Coop – Cooperativa de Consumo tem investido de forma constante para combater e identificar desperdícios.
Uma nova arma tecnológica, ainda em fase experimental, está sendo testada em três unidades na tentativa de diminuir a estatística de perdas não identificadas.
Trata-se de um programa de monitoramento da frente de caixa, baseado em ações de inteligência relacionadas a vídeos, que permite acompanhar a distância – e em tempo real – as movimentações realizadas no PDV.
Dependendo dos resultados experimentais, a ferramenta – que conta ainda com outros recursos – será implantada nas demais unidades da rede, segundo adianta Vanessa Augusto Urbieta da Silva, coordenadora de prevenção de perdas, área comandada pelo gerente de riscos e prevenção de perdas da Coop, Antonio Guilherme.
Do total de perdas da Coop em 2016, um pouco mais da metade (56%) refere-se à perda identificada, gerada por quebras operacionais, como estoque elevado, produtos vencidos, avarias em mercadorias e outros fatores.
Os 44% restantes enquadram os prejuízos não identificados, que podem ser divergências entre o estoque físico e eletrônico e furtos externos e internos.
“Daí a necessidade de ter o sistema de monitoramento como aliado, já que 30% das perdas não identificadas são registradas no PDV”, explica Vanessa.
A tecnologia ajuda, e muito, mas não dispensa a visita in loco para verificar se todos os procedimentos estão sendo cumpridos à risca. Para tanto, a equipe interna de prevenção de perdas, em conjunto com representantes de outros departamentos, promove blitz mensais nos pontos de distribuição da rede.
Da área de recebimento de mercadoria à frente de caixa, nenhum detalhe foge aos olhares. Entre tantas tarefas a checar, está a verificação do nível de estoque, a análise da temperatura dos balcões frigoríficos e se o processo PVPS (primeiro produto que vence e o primeiro que sai) está sendo praticado, além de outras auditorias.
Assim como o mercado geral, o maior desafio da cooperativa está em melhorar os índices de perdas nas categorias de perecíveis, frios e laticínios e de cervejas.
Suas estatísticas de quebras por categoria, porém, estão bem menores em relação ao segmento supermercadista. Para efeito de comparação, na perfumaria, é de 1.04%, contra a média de 1.47% do mercado, resultado garantido por conta da ação de etiquetas antifurto e de monitores de autovisualização.
No açougue, a readequação dos dias de estoque foi decisiva para a rede reduzir a perda para 2,87%, índice bem abaixo dos 3,72% do mercado. Outro setor que apresenta estatística inferior é o de padaria, com 4,74% contra 5,17% do mercado.