O 20º Concurso Artístico e Literário de Natal, promovido pelo jornal O Progresso, finalizou, nesta semana, a contagem dos trabalhos concorrentes nas duas categorias, desenho e redação.
No total, houve 1.165 inscrições, distribuídas entre 1.012 desenhos e 146 redações. Da Apae, que concorre em categoria separada, são 36 desenhos e 6 redações. Houve, ainda, sete desclassificações (quatro desenhos e três redações).
Neste ano, mais de 50 instituições de ensino receberam convite. As escolas públicas e particulares tiveram a chance de estimular seus alunos a trabalhar o tema “O Noel em Tatuí” nas duas modalidades.
Os vencedores em cada grupo de anos são premiados com R$ 250. A iniciativa concederá um total de R$ 2.500. O valor será dividido entre os primeiros colocados do 1º, 2º e 3º anos; 4º e 5º; 6º e 7º; e 8º e 9º.
As entregas serão realizadas pelos patrocinadores da iniciativa. São parceiros do concurso: loja Maricota, Prudente Fórmulas – Farmácia de Manipulação, as loja Sempre Bella Lingerie, Imobiliária Simões, Alergoclin, Paulo Motos, escola de idiomas CCAA, Colégio Objetivo e Palácio do Sorvete.
Direcionado a alunos do ensino fundamental de escolas públicas e particulares, o certame cultural manteve pelo terceiro ano consecutivo as inscrições de estudantes da Escola de Educação Especial “Wanderley Bocchi”, mantida pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).
Os trabalhos tiveram de ser produzidos sobre o tema do concurso e entregues no bissemanário até o dia 31 de outubro.
A partir desta semana, os desenhos e redações passaram a ser encaminhados aos jurados. A comissão julgadora é formada por professores e artistas plásticos. No total, nove jurados avaliam os trabalhos.
Na modalidade “redação”, os estudantes puderam escrever em qualquer estilo literário, desde que respeitando o tema do concurso. Já na modalidade “desenho”, os trabalhos tiveram de ser produzidos em papel sulfite, no tamanho A4 (21 cm X 29 cm), em qualquer estilo artístico e seguindo o tema.
Como nos anos anteriores, os desenhos constituíram o maior número de trabalhos inscritos.
O concurso teve preparativos iniciados em agosto. Além dos prêmios, os vencedores terão os trabalhos publicados na edição especial de Natal, que circula no dia 24 de dezembro. Os desenhos e redações serão veiculados em caderno especial, a ser produzido pelo bissemanário.
Mais que ilustrar páginas, o material representa a chance de crianças se destacarem no cenário literário e artístico, desenvolvendo potencialidades. Aos professores, ele rende reconhecimento, uma vez que conta com a colaboração deles para poder acontecer. São os educadores que trabalham, com os estudantes, a temática do concurso dentro de suas respectivas disciplinas.
O regulamento estipulava que os participantes tinham de incluir dados pessoais, como nome, endereço e telefone de contato no verso dos trabalhos.
Também era preciso constar a idade e o ano de estudo do aluno, bem como o nome do professor orientador e do coordenador pedagógico das instituições.
As informações são utilizadas para identificar os estudantes vencedores e para que os trabalhos possam ser separados e julgados de acordo com o ano de estudo.
Curiosamente, alguns educadores não observaram este detalhe, acabando por inviabilizar parte dos trabalhos, por falta de condição de se identificar os autores.
Outros tantos – a maioria – a reportagem do jornal conseguiu “salvar”. Para tanto, contatou a direção das instituições de ensino, obtendo as informações necessárias.
Fica o registro, no entanto, de que seria uma pena – e em parte ainda é – o fato de que cabe aos mestres, naturalmente, cuidarem de seus pupilos, dando exemplo, inclusive. Nesta oportunidade, de comprometimento e boa-vontade.
Ao final, contudo, houve poucos desclassificados. A nota triste acabou ficando para um visível menor empenho por parte de algumas das escolas públicas, resultando em menor número de inscrições nesta edição, em comparação a 2013.
Afinal, uma vez que estamos tratando com crianças, cabe aos adultos zelar pelo bem-estar e garantir as oportunidades apresentadas a nossos filhos – e alunos, sendo educadores.
Quando estas oportunidades não implicam em nada mais que o uso de uma folha de papel, alguns minutos de atenção e estímulo, fica difícil compreender a indiferença.
Sorte dos estudantes sob os cuidados de educadores apaixonados por seu míster – até porque, todos sabem, é preciso ser apaixonado pela educação para ser professor neste país. Porém, ideal seria que todas as crianças tivessem essa mesma “sorte”, dependendo muito mais de um sistema eficaz que do amor de alguns profissionais em particular.