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Representantes da Noma participaram de reunião que definiu etapas de construção de acesso em 2014
A próxima quinta-feira, 26, é a data escolhida pela Noma do Brasil Ltda. para início da construção de planta em Tatuí. A empresa paranaense, fabricante de carretas, deverá anunciar a efetivação do projeto de implantação de sua mais nova unidade em entrevista coletiva organizada pela Prefeitura.
Detalhes como número de empregos, valor do investimento, tamanho da fábrica e capacidade de produção serão conhecidos em evento com horário a ser definido.
Conforme informou o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, os representantes da empresa divulgarão os dados “juntamente com parceiros”.
Em negociação com a Prefeitura desde 2011, a Noma condicionou a construção da planta de Tatuí a uma série de exigências. Também dependia de obtenção de financiamento para bancar os custos da construção de uma unidade fabril.
Beneficiada pelo Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Econômico e Social do Município de Tatuí – Pró-Tatuí, a empresa enfrentou os mesmos entraves que a Zoomlion, gigante chinesa do ramo da produção de equipamentos voltados à construção civil.
Esperou a confirmação da construção de um acesso na rodovia Antônio Romano Schincariol (SP-127), na altura do fórum, para poder dar início à etapa de construção.
O projeto, desenvolvido pela Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), envolveu negociação entre o órgão e as secretarias estaduais de Planejamento e Transportes. Na sequência, houve a autorização da construção do novo acesso.
As etapas de negociações para a implantação da Noma incluíram, ainda, comprometimento por parte da Prefeitura em realizar obras como a construção de uma marginal e a limpeza dos terrenos da companhia – o mesmo valeu para a Zoomlion. A empresa chinesa ainda está em negociação.
As melhorias estão incluídas nos protocolos de intenções entre as empresas e a Prefeitura. A marginal será construída pelo município entre os terrenos pertencentes às duas empresas. Ela será utilizada para o escoamento da produção das companhias e está prevista como uma das concessões do Pró-Tatuí.
“Todo o planejamento, as negociações e o que está referendado serão pontuados na coletiva”, divulgou Manu. Ele confirmou o início da instalação da Noma em discurso de reinauguração do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).
Conforme ele, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social fará última reunião para tratar da nova indústria também na quinta, 26. “Na data, serão definidos os últimos ajustes da tão esperada e tão falada fábrica. Isso vai por fim a comentários de que ela não viria mais, de que a cidade não estava colaborando com a empresa. Pelo contrário”, declarou.
Manu afirmou que auxiliou os empresários paranaenses a resolverem pendências e a obterem financiamento. Conforme ele, o Executivo fez a intermediação entre a empresa e o Desenvolve SP – Agência de Fomento Paulista.
Trata-se de instituição financeira do governo do Estado de São Paulo que promove, desde 2009, “desenvolvimento sustentável por meio de operações de crédito consciente e de longo prazo para as pequenas e médias empresas paulistas”.
O Executivo também “serviu de ponte” entre a Noma e a Investe SP. Ela consiste em uma “empresa privada de interesse público”, sendo vinculada por cooperação à SDECTI (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação). A meta é atrair novos investimentos para São Paulo.
“A empresa ainda conseguiu, com a CEF (Caixa Econômica Federal), outro recurso. Enfim, nós amarramos todas as pontas para a empresa vir”, disse o prefeito.
O governo do Estado colaborou com a autorização da construção de alça de acesso. O dispositivo viário é considerado fundamental para a implantação de empresas naquela região. “De nada adiantaria a empresa começar a construção da fábrica se ela não dispusesse de ligação com a rodovia”, falou.
A empresa confirmou a instalação em reunião com a secretária municipal de Fazenda, Finanças e Planejamento, Lilian Maria Grando de Camargo.
O encontro aconteceu na quinta-feira, 12, para definição de detalhes iniciais da obra, e dois anos depois de o prefeito ter assinado protocolo de intenções.
Manu rubricou o documento juntamente com o então prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo. A assinatura teria sido uma exigência da empresa como forma de garantir que as solicitações fossem atendidas pelo prefeito eleito.
“Foram dois anos. É para todo mundo ver que não é fácil. Havia um protocolo que ia daqui até a rodoviária, porque a grande verdade é que, se o prefeito não for um bom negociador, perde mesmo a empresa”, argumentou Manu.
Projeto inicial
A Prefeitura oficializou as negociações com a Noma no dia 14 de dezembro de 2011. Na época, a empresa divulgou planos de gerar até 700 novos empregos e investimento de R$ 75 milhões, com início de construção em 2012.
A indústria do setor automotivo projetava gerar 450 novos empregos diretos e até 250 indiretos. Também vislumbrava entrar em funcionamento no final de 2013.
O projeto foi anunciado pelo presidente da Noma do Brasil, Marcos Noma, prevendo construção da segunda fábrica no país da empresa, que produz carrocerias de caminhão. A ideia era atrair, junto com a paranaense, outras cinco empresas de apoio. Essas forneceriam peças e serviços para a nova planta.