Maior festival brasileiro de música percussiva, o PercPan se estende este ano para São Paulo, em Tatuí no Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”. O evento criado pela socióloga Elisabeth Cayres já passou por Rio de Janeiro, São Paulo e Recife e chegou a ter uma edição em Paris.
Em 2017, ele avança pela primeira vez para o interior do Estado de São Paulo. Chega com atrações nacionais e internacional de forma a “democratizar o acesso à cultura”, conforme a assessoria de comunicação do Conservatório.
Com patrocínio da Oi, e do ProAC (Programa de Ação Cultural) do Estado de São Paulo ICMS, o PercPan dá seguimento às inovações estruturais que marcaram sua última edição. Ele reúne artistas e grupos com “afinidades estilísticas e criam uma coesão sonora e conceitual”.
No Conservatório de Tatuí, o festival será realizado no próximo dia 24 (uma terça-feira), a partir das 20h, no teatro “Procópio Ferreira”. Na ocasião, apresenta-se, diretamente da África, mais precisamente da República Democrática do Congo, o grupo Staff Benda Bilili, formado por ex-moradores de rua.
Em comum, os integrantes têm mobilidade reduzida. Muitos são cadeirantes. Eles trazem, também, “sonoridade contagiante que vem encantando o mundo em um exemplo de superação”, conforme material de divulgação.
No dia 24, o PercPan ainda traz para o público o projeto “Movimento Elefantes”, um coletivo que reúne nove big bands de São Paulo (Banda Urbana, Projeto Coisa Fina, Projeto Meretrio 2, Big Band da Santa, Reteté Big Band, Grupo Comboio, Soundscape, Heart Breakers e Banda Jazzco) mostrando “vitalidade da música instrumental brasileira”. Os grupos promovem a fusão entre canção, música instrumental, jazz, baião, samba e maracatu.
Com a proposta de mostrar ao público brasileiro uma combinação do que há de mais relevante no mundo da percussão, o PercPan é referência no gênero. Nos seus 20 anos de existência, o festival promoveu mais de 6.000 horas corridas de música, produzidas por cerca de 300 atrações nacionais e internacionais.
O PercPan é o primeiro festival do mundo dedicado exclusivamente à música percussiva. Em 1998, ganhou as páginas do New York Times, e ganhou edições itinerantes que o levaram a cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Paris.