Começa nesta quarta-feira, 12, a 5ª Mostra Téspis de Teatro do Conservatório de Tatuí. Realizado com a colaboração da prefeitura, o evento traz seis grupos teatrais da região, com espetáculos variados, que prometem agradar ao público de todas as idades. A programação vai até sábado, 15. Todas as apresentações têm entrada gratuita.
A mostra começa às 20h, no teatro “Procópio Ferreira”, com o espetáculo “Peças Fáceis”, produzido pelo grupo Pró-Posição, de Sorocaba. Quinto trabalho da parceria cênica entre a artista Janice Vieira e a filha, Andréia Nhur.
A criação propõe um “estudo sonorocoreográfico” de algumas peças musicais compiladas pelo compositor barroco Johann Sebastian Bach (1685-1750) e sua esposa Anna Magdalena Bach (1701-1770).
Segundo o grupo, a obra mistura Bach e dança, música ibérica e ritmos brasileiros “numa ciranda de memórias culturais para se ouvir dançar”. “Movimento e som são produzidos na mesma dimensão temporal, ora por um disparo de voz que é gesto dançado, ora por uma propulsão de instrumento que é o corpo”. A classificação é livre.
Na quinta-feira, 13, às 20h, o teatro receberá o grupo tatuiano Nossa Trupe Teatral, com “A Incomum Arte de Não Prestar Pra Nada”. Escrita pelos professores do Setor de Artes Cênicas do Conservatório de Tatuí, João Fabbro e Thiago Leite, com direção de Rodrigo Cassiano da Costa.
Conforme divulgado pela assessoria de comunicação da instituição, a obra traz uma dupla de palhaços que se encontra “em um lugar qualquer, no grande e esperado tempo do acaso”, para mostrar seu talento.
Entre uma trapalhada e outra e em meio a números tradicionais do mundo do circo, Malakai e Sinforoso transformam sua tentativa de sucesso em um “magnífico fracasso”. A classificação também é livre.
Na sexta-feira, 4, às 16h, na Sala Preta, a Cia. Ímpares, de Tatuí, encena “(Ab)surdo Coração”. A peça, escrita por André Kaires e Marcelo Proença Maciel, é uma “reflexão sobre o que vem após o grito e as lágrimas de corações arruinados por relações superficiais e vazias”.
Na história, uma moça, momentos antes de uma cirurgia de emergência, tem um encontro inevitável consigo mesma. A classificação indicativa é para maiores de 16 anos.
Ainda na sexta-feira, às 20h, no teatro “Procópio Ferreira”, o grupo Coletivo Cê, de Votorantim, apresenta “1989”. Escrita coletivamente pela equipe e com direção de Júlio Mello, a peça acompanha o cotidiano de uma típica família interiorana – pai, mãe, filha adolescente e avô – em frente ao televisor. O ano é 1989, durante a primeira eleição direta para presidente após a ditadura militar.
“Imagine entrar numa máquina do tempo e viajar de volta para o ano 1989. A programação televisiva zapeada, com fragmentos de fatos marcantes da época, conduz a dramaturgia, que sugere um mergulho lúdico no tempo para reflexão de temas atuais, como relacionamentos interpessoais, alienação e pós-verdade”, descreve o grupo. A classificação indicativa é para maiores de 12 anos.
No sábado, 15, às 15h, no “Procópio Ferreira”, a Cia. Teatral Sarapós, de Sarapuí, encena “Coisas do Interior”, sob a direção de Gustavo Barros. Segundo ele, “no início do ano, uma das turmas da companhia, com a missão de fazer uma pesquisa mais consistente e elaborada, voltou seu olhar para as crendices e particularidades do universo caipira”.
O jovem escritor de Sarapuí Diego J. Rosa compilou histórias (ocorridas e imaginadas) da cidade e deu origem à peça.
“A pacata cidade de Sarapuí está em polvorosa. Depois de uma longa e funesta dúvida sobre como um caixão deve entrar no cemitério para garantir o acolhimento do morto no reino do céu, um defunto reviveu em pleno cortejo e está disposto, para ter um enterro digno, a contar os pecados daqueles que estão envolvidos na grande confusão. Do povo às autoridades, será que alguém sobrevive à língua afiada do morto que desmorreu?”, assim como divulgado pela assessoria do CDMCC. A classificação indicativa é para maiores de dez anos.
E no sábado, às 20h, no “Procópio Ferreira”, a Cia. Exodus Art’s de Tatuí encerra a 5ª Mostra Téspis, com “Acima de Qualquer Suspeita”, que tem texto e direção de Rose Tureck.
Segundo o grupo, o espetáculo aborda a exploração sexual de crianças e adolescentes, propõe uma reflexão sobre o que leva o jovem a se prostituir e sobre as pessoas que, direta ou indiretamente, “levam vantagem nesse processo”.
“Na história, Berta é uma garota de 12 anos que vive numa cidade do interior. Ingênua, romântica e sonhadora, ela estava feliz com Fred, seu primeiro namorado. A mãe era sua única amiga. Até que ela conhece Lia e Nanete e, para ser aceita pelas novas amigas, entra no mundo obscuro e perigoso de Paulo e do Doutor. Será que ela consegue encontrar o caminho de volta para sua casa, sua mãe e seu querido Fred?”, descreve o grupo. A classificação indicativa é para maiores de 16 anos.
Mostra Téspis
A Mostra Téspis de Teatro do Conservatório de Tatuí chega à quinta edição, cumprindo seu objetivo de oferecer a estudantes e profissionais das artes de palco a oportunidade de sair da rotina de estudos para vivenciar a arte e trocar experiências.
O evento reúne grupos teatrais profissionais e atuantes que têm em sua direção ou elenco atores formados no curso de artes cênicas do Conservatório.
A iniciativa convida os ex-alunos a voltarem aos palcos da instituição para mostrar a evolução de seus trabalhos. Ao mesmo tempo, oferece aos estudantes de teatro da escola a possibilidade de conhecerem projetos diferentes e trocarem experiências com quem já está no mercado de trabalho.
O nome Téspis é uma homenagem ao primeiro ator e produtor teatral da história do teatro ocidental. A 5ª Mostra Téspis é organizada pela coordenadora da área de artes cênicas do Conservatório de Tatuí, Fernanda Mendes, e pelo coordenador da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí, Rogério Vianna.
O evento é uma ação colaborativa entre o Conservatório e a prefeitura, por meio da Secretaria de Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude.