Conselho discute na semana as atividades do Dia Internacional





A programação local do Dia Internacional da Mulher será “fechada” nos próximos dias. O evento previsto para o segundo domingo de março, dia 8, deverá incluir orientações e ações em conjunto com a Secretaria Municipal da Saúde.

“Nós ainda não definimos o que será realizado, mas é certo que faremos algo”, antecipou a presidente do CMDM (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher), a advogada Rosângela Aparecida Xisto Soares, à reportagem de O Progresso.

Conforme ela, o conselho iniciou entendimentos com a titular da Saúde, Cecília Aparecida Xavier de Oliveira França, no início deste mês.

Em função de compromissos, as duas devem encontrar-se na semana que vem, para definir as ações realizadas no evento. No ano passado, a pasta disponibilizou uma tenda para exames de diabetes, glicemia, circunferência abdominal.

Também ofereceu, somente às mulheres, aferição de pressão arterial e testes rápidos de HIV e sífilis. O evento, em 2014, contou com apresentação musical (projeto “Música na Praça”), praça de alimentação e venda de artesanatos.

Para este ano, além da programação, o conselho pretende “batalhar por novas conquistas”. Entre elas, está a obtenção de espaço próprio para oferecer serviços de orientações às mulheres. Xisto informou que o Executivo cedeu uma sala na sede da Assistência Social, na vila Dr. Laurindo.

O espaço é cedido para todos os conselhos, mas considerado “não conveniente” pelo CMDM. Conforme a presidente, o órgão precisa de um lugar fechado, com mais privacidade, para garantir que a mulher não fique exposta.

“Se não for assim, as vítimas não terão coragem de falar nada. Por isso, há a necessidade de um lugar mais restrito, que permita às mulheres falarem”, comentou.

A advogada afirmou que a falta de privacidade pode ser um dos fatores que fazem com que as mulheres acabem não denunciando os agressores junto à Polícia Civil.

Segundo Xisto, nem mesmo a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) possui uma área isolada, no qual as mulheres sejam ouvidas com privacidade.

Conforme ela, além de ter de explicar o que houve perto de outras pessoas, as mulheres que procuram a DDM precisam prestar queixa perto dos agressores.

“Muitas vezes, elas ficam ao lado de quem as violentou durante o depoimento. Como ficam expostas, elas preferem não falar”, afirmou a advogada.

Nesses casos, o conselho presta orientação. As mulheres que necessitarem de atendimento devem entrar em contato com a Prefeitura, pelo telefone 3259-8400.