Conduta ética





“Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização” (Martin Luther King).

Conduta Ética

A honestidade assegura uma conduta sempre ética e de acordo com a justiça; a pessoa honesta é consciente de que seu direito termina onde começa o direito da outra. Assim, ela observa aquela máxima que diz: “Não faça ao outro o que não gostarias que fizessem a ti”.

A temperança é uma das virtudes mais difíceis de desenvolver e, por isso mesmo, mais rara de se encontrar. A pessoa temperante não é dada a excessos de nenhuma espécie; assim, se por um lado, não vive em constante agitação, buscando atividades e distrações que preencham o seu tempo, o que no fundo não é mais do que uma fuga de si própria, por outro lado, ela não é afeita ao ócio.

Da mesma forma, se não é dada aos excessos sentimentais e aos apegos, também não é dotada de frieza e indiferença.

Ela é, em suma, o que chamaríamos de uma pessoa equilibrada e moderada em seus apetites e paixões, e é essa qualidade que lhe proporciona o discernimento e o bom senso, imprescindíveis para uma vida harmoniosa.

É isso que Aristóteles quer transmitir quando, na sua “Ética a Nicômaco”, nos diz que a virtude não está no excesso e nem na carência, mas no meio termo.

Finalmente, a generosidade faz com que a pessoa tenha sempre uma postura cooperativa ao invés de competitiva; a par disso, a pessoa generosa tem aquela qualidade tão simples, mas tão importante, que é a boa vontade e, por isso, ela tem uma atitude caridosa para com tudo e com todos.

Essa virtude está associada ao complemento da máxima acima mencionada, que diz: “fazes a outrem o que gostarias que te fizessem”.

Tais são as qualidades morais que se constituem nos pilares fundamentais do caráter virtuoso, e o homem delas possuidor tem uma firmeza interior que raramente é abalada pelas vicissitudes da vida.

“Mostra-te teu caráter e teu compromisso com a nobreza de teu espírito através de tuas ações” – Epíteto (60 – 138 d.C.), filósofo estoico.

Serenidade

(A arte que todos podem aprender)

Decida não se deixar impacientar por coisa alguma. A impaciência é incompatível com uma forte personalidade. Quanto mais importante for a sua posição e quanto maior influência exercer, tanto mais necessita de cultivar o espírito da paciência.

Tenha grande desejo de calma e esforce-se por aparentá-la. A calma proporciona lucidez e reflexão; torna invulnerável às influências exteriores e favorece o êxito, porque cria ao seu redor uma atmosfera de serenidade e nos momentos difíceis busca-se uma pessoa com calma.

A resposta suave acalma a ira; faça a prova na primeira ocasião e se convencerá. Abstenha-se de toda discussão. Não tem mais razão o que mais discute.

Não se exalte, tenha sossego e, se tiver de expor suas razões, faça-o serenamente, não para sustentar a sua opinião, mas porque a creia ser correta. Os arrebentamentos do colérico estão próximos da loucura.

Todo aquele que quer desenvolver a sua personalidade deve manter-se sereno ante quem o ofenda; não se indignar ante quem o desconsidere e guardar silêncio ante quem o critique injustamente. Não discuta nunca.

O método seguro para ganhar uma discussão é não fazê-la. Evite a discussão, como evita os automóveis que marcham a toda velocidade.

– Enfadas-te? Portanto, está equivocado, pois diziam os gregos: “Sou sereno porque sou forte; a força infunde serenidade”. Sêneca afirmou: “Nada há tão grande como a serenidade”.

Aprenda a escutar. ”Há duas ciências – disse Sócrates – a arte de falar e a de calar. Porém, reparai como ouvis, porque há quem escuta com tal espírito de crítica que só vê defeitos.

Você deve escutar para conhecer a realidade, destacar o bom e elogiar os demais sempre que haja motivo justo para fazê-lo”.