Concerto de encerramento traz de volta soprano Angelica de la Riva





AI Conservatório / Kazuo Watanabe

Angelica de la Riva é convidada especial de concerto nesta quinta, 18

 

Concerto especial de encerramento do calendário artístico do Conservatório de Tatuí traz de volta ao município a soprano Angelica de la Riva. A cantora lírica se apresenta no concerto da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí, na noite de amanhã, quinta-feira, 18, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição.

Com regência de João Maurício Galindo, o concerto tem entrada franca e fecha o ciclo de comemorações dos 60 anos de fundação da maior escola de música da América Latina. A celebração da efeméride incluiu lançamento de livro.

O último concerto do ano a ser realizado pela instituição terá início às 19h. Para a apresentação, a Orquestra Sinfônica reservou obras especiais. O repertório envolve trechos de óperas de Mozart, Handel e Bellini, peças sacras e canções natalinas tradicionais, interpretados pela cantora lírica que volta a Tatuí.

Angelica apresentou-se pela primeira vez na cidade no mês de agosto deste ano. Na ocasião, a cantora lírica fez apresentação única no teatro “Procópio Ferreira”, sob acompanhamento da pianista Míriam Braga. Participam, ainda, o flautista James Strauss e os violoncelistas Elen Ramos Pires e Tulio Pires.

Aclamada pela crítica após protagonizar a ópera monodrama “Las Horas Vacias”, do compositor Espanhol Ricardo Llorca, regida por E. Plasson, no Lincoln Center, em New York (CD lançado por Columna Musica), Angelica de La Riva teve seu “debut” nacional como atriz no Teatro “São Pedro”, em São Paulo.

A estreia nacional da obra foi regida pelo maestro Alexis Soriano e dirigida por Joachim Schamberger. Recentemente, teve seu debut na China, sob a batuta do maestro Van de Velde, acompanhada da Orquestra Sinfônica de Shenzhen.

Em 2010, estreou no prestigioso Carnegie Hall, em Nova Iorque, onde desde então se apresenta regularmente. A cantora é artista convidada em vários festivais internacionais.

Conforme material de divulgação, o carinho pela música de câmara ibero-americana, inspirada por suas raízes, fez com que a soprano “se aprofundasse nesse repertório ao mesmo tempo em que difunde e cultiva cada vez mais a música clássica brasileira”.

A interpretação desse repertório em concertos no Brasil e nos Estados Unidos considerada excepcional pela crítica especializada resultou em convite para que Angelica inaugurasse a Sala de Concertos La Fresneda, em Astúrias (Espanha).

Na apresentação de estreia, a cantora lírica esteve acompanhada pela Orquestra de Câmara de Sierro. Ela também recebeu convite para o Festival de Granada, na Espanha, ocasião em que se apresentou com Teresa Berganza.

As próximas atuações dela incluem recitais na França, Suíça, Alemanha, Áustria, Indonésia, Porto Rico e Estados Unidos com o concerto da série “Amazonas” (novembro 2014), sob regência do maestro Vince Lee no Carnegie Hall. Ela também fará a inauguração da Opera de Shenzhen, na China, no papel de Violetta em “La Traviata”.

Angelica é filha de pai cubano e mãe brasileira. Sempre cantou, mas dividiu seu tempo entre a música, os estudos (chegou a cursar direito) e o esporte. Foi campeã carioca e brasileira de remo pelo Botafogo de Regatas do Rio de Janeiro, além de ter sido convocada para a Olimpíada de 1996. Terminou sendo obrigada a desistir, após uma séria lesão causada pelo estresse muscular dos treinos.

Semana passada, em uma longa entrevista para o programa Globo Esporte, da Rede Globo, Angelica carregou seu barco de competição, remou e falou sobre a vida e sua carreira musical intensa em Nova Iorque e em outras cidades do mundo. Na ocasião, ela também mencionou “de maneira superlativa” o Conservatório de Tatuí, que adora, conforme disse na entrevista.