Como se Escreve?





“Se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.” (Abraham Lincoln)

Como se Escreve?

Quando Pedrinho tinha somente cinco anos, a professora do jardim de infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam. O menino desenhou a sua família. Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras.

Desejando escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu de sua mesinha e foi até a mesa da professora. – Professora, como a gente escreve…? Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula.

Pedrinho dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho.

Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia, para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela. – Mamãe, como a gente escreve…? – Menino, não dá para ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora. E não bata a porta, foi à resposta dela.

Ele dobrou o desenho e o guardou no bolso. Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até a cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai.

Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai. – Papai, como a gente escreve…? – Pedrinho, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora. E não bata a porta.

O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso. No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho enrolados num papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude. Todos os tesouros que ele catara enquanto brincava fora de casa.

Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo. Os anos rolaram… Quando Pedro tinha 28 anos, sua filha de cinco anos Aninha fez um desenho. Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e disse: – Este aqui é você, papai!

A garota também riu. O pai olhou para o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo. Aninha desceu rapidamente do colo do pai e avisou: – Eu volto logo! E voltou. Com um lápis na mão.

Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou: – Papai, como a gente escreve amor?

Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia: – Amor, querida, amor se escreve com as letras T, E, M, P, O.

Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use o seu tempo para amar. Crie um tempo extra para amar, não esquecendo que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem ouça e opine quem participe e vibre quem conheça e incentive.

Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor, família, afeição. Por fim, lembre: – Se você não tiver tempo para amar, crie. Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo bom, o tempo é uma questão de escolha.

Avance Sempre!

Na vida as coisas, às vezes, andam muito devagar. Mas é importante não parar. Mesmo um pequeno avanço na direção certa já é um progresso, e qualquer um pode fazer um pequeno progresso.

Se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, faça alguma coisa pequena. Pequenos riachos acabam convertendo-se em grandes rios. Continue andando e fazendo.

O que parecia fora de alcance esta manhã vai parecer um pouco mais próximo amanhã ao anoitecer se você continuar movendo-se para frente.

A cada momento intenso e apaixonado que você dedica a seu objetivo, um pouquinho mais você se aproxima dele. Se você para completamente é muito mais difícil começar tudo de novo. Então continue andando e fazendo.

Não desperdice a base que você já construiu. Existe alguma coisa que você pode fazer agora mesmo, hoje, neste exato instante. Pode não ser muito mas vai mantê-lo no jogo.

Vá rápido quando puder. Vá devagar quando for obrigado. Mas, seja, lá o que for, continue. O importante é não parar!