Danilo Gato *
Em um mundo cada vez mais digital e tecnológico, as notícias de empresas substituindo funções humanas por inteligência artificial (IA) se tornam cada vez mais comuns.
Um exemplo recente é o da IBM, que anunciou que vai substituir cerca de 7.800 empregos por IA. Essa realidade pode parecer assustadora, mas, ao mesmo tempo, ela abre um universo de possibilidades para aqueles dispostos a se adaptar e aprender.
A inteligência artificial, em sua forma mais simples, é como se déssemos um cérebro virtual a programas e máquinas. Eles conseguem “pensar”, aprender com suas experiências e trazer resultados incríveis de forma muito fácil.
Assim, a IA tem o potencial de realizar tarefas complexas de forma mais eficiente, o que pode levar à substituição de muitos empregos.
Um exemplo relevante de IA é o ChatGPT, uma tecnologia desenvolvida pela OpenAI. Esse programa, que é como um chat no qual você conversa com uma inteligência artificial, foi treinado para entender e responder perguntas, escrever artigos, criar conteúdo, traduzir idiomas e muito mais e representa uma inovação que impacta diversas profissões.
Funções como redatores, assistentes virtuais, tradutores, atendentes de call center e até mesmo algumas áreas de ensino podem ser potencialmente substituídas por ferramentas como ele.
Porém, é importante ressaltar que a substituição total ainda enfrenta limitações, já que a IA, por mais avançada que seja, ainda não consegue replicar a criatividade humana, a empatia e a capacidade de decisão baseada em juízos complexos.
No entanto, o surgimento dessas tecnologias não deve ser visto como um sinal de extinção para todas as profissões. Ao contrário, os profissionais do futuro serão aqueles que sabem usar as ferramentas de IA ao seu favor.
Um redator, por exemplo, pode utilizar o ChatGPT como uma ferramenta de brainstorming ou para gerar ideias, aumentando significativamente sua produtividade e permitindo um foco maior em aspectos estratégicos e criativos do seu trabalho.
Além dos redatores, muitos outros profissionais podem se beneficiar do uso inteligente da IA. Um designer, por exemplo, pode usar a IA para gerar diferentes conceitos de design com base em parâmetros definidos, permitindo que ele se concentre em refiná-los e adaptá-los às necessidades do cliente.
Um gerente de projetos pode usar a IA para monitorar o progresso do projeto, identificar gargalos e sugerir ajustes. Na medicina, a IA já está sendo usada para auxiliar em diagnósticos, liberando os profissionais de saúde para se concentrarem no tratamento e cuidado dos pacientes.
O domínio dessas tecnologias torna-se uma habilidade crucial para se manter relevante no mercado de trabalho. A era da IA não é uma era de substituição, mas de colaboração entre humanos e máquinas.
Portanto, a chave para evitar que a IA “roube” seu emprego é se preparar para o futuro. O profissional do futuro é aquele que se adapta, aprende e se prepara para utilizar as novas tecnologias ao seu favor.
A revolução da IA não é uma ameaça, mas uma oportunidade para aqueles dispostos a se reinventar e se capacitar. O futuro pertence àqueles que se preparam para ele.
* Educador financeiro, autor do livro “Aprenda a Investir seu Dinheiro”, criador do canal Finanças.