Coligações terão que atingir por volta de 3.600 votos por vaga

 

Para garantir uma vaga no Poder Legislativo, um partido ou coligação deverá alcançar, aproximadamente, 3.600 votos nas eleições deste domingo. A estimativa do coeficiente eleitoral foi calculada com base no número de votos válidos das eleições de 2012 somado ao crescimento do eleitorado local.

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Tatuí tem 83.564 pessoas aptas a participar do pleito. O número é 5,27% maior do que na eleição municipal ocorrida em 2012, quando havia 79.379 eleitores.

Naquele ano, o coeficiente eleitoral para eleição ao Legislativo atingiu o resultado de 3.441 votos. Neste ano, com um aumento estimado de 5,27, o total de votos por vaga na Câmara atingiria 3.623.

Para calcular o coeficiente eleitoral, foram considerados os mesmos índices de abstenção e votos brancos e nulos de 2012 sobre a base numérica divulgada pelo TSE neste ano. Na eleição passada, 4,97% dos votos para vereador foram em branco e 5,24%, nulos. O número de abstenções foi de 17,93%.

“O coeficiente eleitoral existe como se fosse uma cláusula de exclusão. Ele funciona a partir da capacidade das coalizões de conseguirem um determinado patamar de votos necessários para ultrapassar o umbral e conseguir a primeira cadeira na Câmara”, explicou a cientista política Maria do Socorro.

O cálculo é feito pela Justiça Eleitoral assim que os votos são totalizados. Eles servem para escolher os ocupantes de cada uma das 17 vagas para vereador em Tatuí. Depois da exclusão dos votos brancos e nulos, o número de válidos é dividido pela quantidade de cadeiras disponíveis na Câmara.

Após esse cálculo, é feita a mensuração de cadeiras por partido ou coligação. O quociente partidário é resultado da divisão dos votos da sigla pelo coeficiente eleitoral. O resultado inteiro do fracionamento é o número de cadeiras que a agremiação terá na Câmara.

As cadeiras que sobrarem no cálculo são divididas entre os partidos que tiverem a maior média de votação, sempre considerando que ocuparão as vagas os candidatos com votação que represente mais de 10% do coeficiente eleitoral.

Dos vereadores eleitos em 2012, nenhum deles ficaria de fora da Câmara Municipal se a regra do mínimo de 10% do coeficiente já estivesse valendo. O parlamentar com menor votação a conseguir a vaga foi André Marques (PDT), com 873 votos. A “nota de corte” daquela eleição seria de 344 votos.

Dos 17 ocupantes da atual legislatura, cinco foram eleitos pela média: Valdeci Antonio de Proença (PTN), Job dos Passos Miguel (PTB), José Eduardo Morais Perbelini (PTC), Luis Donizetti Vaz Júnior (PSDB) e André Marques.

Na somatória dos votos, as coligações são consideradas como se fossem partidos únicos. Na última eleição, os consórcios com maiores quantidades de votos foram a coalizão PSDB e PC do B, com 13.262 votos, a coligação PP, PDT, PTB, PSL, DEM e PPL, com 11.618, e PRB, PMDB e PPS, com 10.111.

Duas coligações não conseguiram atingir o coeficiente eleitoral e não conquistaram vagas na Câmara: PSD e PT do B (1.933 votos) e PSDC, PV e PRP (2.744 votos).