Clí­nica terá superestrutura e 1.400 metros de malha viária





“A construção já está sendo feita em Lençóis Paulista. De lá, a superestrutura vem para Tatuí, para ser montada”. Essas são as etapas de construção da clínica de hemodiálise de Tatuí, descritas pelo médico nefrologista e empresário Alcir Ferrari.

O empreendimento teve lançamento de pedra fundamental na manhã de sábado, dia 27 de junho. A unidade está sendo construída na rua Air Gonçalves da Rocha, 100, no Residencial Guedes, em área de 5.000 metros quadrados.

A clínica, que oferecerá atendimento a pacientes de Tatuí e região, está sendo construída em um “sistema conjuntivo”. “Ele é rápido e inteligente. Vai ser a primeira clínica em estrutura metálica integralizada do Brasil”, disse Ferrari.

Durante a etapa de construção, o médico informou que será preciso criar malha viária com extensão de 1.400 metros. O empreendimento contará com dois anexos, que começarão, efetivamente, entre o final de setembro e início de outubro.

“Nesse período, virão as gruas que ficarão nas ruas laterais para a colocação dos perfis metálicos. Daí em diante, será feita a montagem da clínica e a cobertura dela”, detalhou Ferrari.

O médico preferiu não informar o valor do empreendimento que será feito pela Nefrolins – em Lins. “Os custos, por motivos pessoais e por princípio, eu prefiro declinar”, declarou.

Em Tatuí, a clínica terá capacidade para abrigar até 30 máquinas. Os equipamentos poderão atender a, no máximo, 200 pacientes. A meta é que esses números sejam atingidos no período de três a quatro anos após o credenciamento da clínica para atender ao SUS (Sistema Único de Saúde).

As obras deverão ser encerradas em 14 meses, quando a clínica passará a operar. Inicialmente, atenderá somente pacientes de Tatuí, com os custos bancados pela Prefeitura.

Em princípio, 20 pessoas da cidade farão o tratamento de hemodiálise na Nefrotat. Os pacientes serão escolhidos a partir de um critério de admissão adotado pela Secretaria Municipal da Saúde.

“Não será uma escolha simples. Será baseada num colegiado, em que vai estar presente o corpo clínico da Nefrotat, a secretaria e seus técnicos. Inclusive, vamos fazer um levantamento histórico das condições clínicas de todos os pacientes que serão transferidos para fazerem uso em Tatuí”, disse Ferrari.

Nos seis primeiros meses, a clínica atenderá exclusivamente pacientes de Tatuí. Passado esse prazo, a Nefrotat tentará credenciamento junto ao SUS. Com a viabilização, ampliará o atendimento para pacientes da cidade e região.

O prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, informou que a clínica atenderá somente a 20 pacientes, por conta do custo. O tratamento gira em torno de R$ 3.000 mensais por pessoa. Com base nesse valor, o município deve investir, durante os seis meses, R$ 360 mil.

“Inicialmente, atenderemos 20 pacientes, por causa da capacidade financeira do município. E o mínimo exigido para a clínica funcionar são 20 pessoas”, disse.

O prefeito também mencionou que a unidade construída em Tatuí difere de um centro de hemodiálise. Segundo Manu, além de tratar os pacientes, os centros realizam transplante.

Em Tatuí, a unidade oferecerá a hemodiálise e o encaminhamento para transplante. A meta é prolongar o tempo de vida dos pacientes e atingir a cura para que eles voltem a ter vida normal.

O projeto original previa a construção em 24 meses. Entretanto, Manu disse que o empresário reviu a proposta e encontrou um método mais rápido (que usa estrutura metálica). “Ele vai fazer em 14 meses, e, nesse prazo, nós vamos inaugurar a nossa tão sonhada unidade de hemodiálise na cidade”, argumentou.

O prefeito destacou, ainda, que a clínica está sendo construída seguindo modelo PPP (parceria público-privada), com investimento da iniciativa privada e aporte do Executivo.

“Nós estamos inovando, buscando o que há de mais inovador em administração pública. Isso aqui jamais aconteceria se o empresário não tivesse certeza de que teríamos o credenciamento (SUS)”, concluiu.