Tatuí ganhará, a partir deste mês, a base central de operações de uma rede formada por cinco estações meteorológicas. A unidade funcionará na Fatec (Faculdade de Tecnologia) “Professor Wilson Roberto Ribeiro de Camargo” e atenderá ao CBH-SMT (Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Sorocaba e Médio Tietê).
A instituição de ensino superior também abrigará uma das cinco estações de medição, cujo treinamento sobre o funcionamento acontece na manhã desta quinta-feira, 16.
Outras quatro unidades do Ceeteps (Centro de Educação Estadual Tecnológica “Paula Souza”) receberão os equipamentos responsáveis por enviar dados como temperatura, volume de chuva e umidade do ar.
Fruto do trabalho do professor José Carlos Ferreira, o projeto é denominado de “Sistema Integrado de Informações Meteorológicas Aplicáveis à UGRHI-10”.
A abreviação se refere às unidades de gerenciamento de recursos hídricos no Estado de São Paulo, estabelecidas com base nas bacias hidrográficas. Os municípios paulistas estão agrupados em 22 delas.
O projeto iniciado há três anos foi divulgado com exclusividade pelo jornal O Progresso em fevereiro de 2014. Ele consiste na implantação de um sistema integrado de estações meteorológicas em cinco unidades de ensino mantidas pelo Ceeteps.
Além de Tatuí, os equipamentos estão instalados em Cerquilho, Itu, São Roque e Piedade. Eles entrarão em operação neste mês e serão empregados para trabalhos como monitoramento de dados de interesse do comitê da bacia.
A base central já está sendo instalada na Fatec de Tatuí. Ela ficará responsável por “cuidar das operações, pela organização dos dados, comunicação e divulgação através de um portal eletrônico aos órgãos interessados”.
De acordo com o Ceeteps, apesar de dispor de diversos dados meteorológicos, o sistema proposto não tem função de realizar previsões. Os focos principais são coletar, organizar, tratar, analisar e disponibilizar dados e informações tecnológicas, aplicáveis em estudos e planejamentos de gerenciamento de recursos hídricos.
Embora não tenha como foco a previsão de precipitações para as regiões nas quais as estações automáticas estarão instaladas, o projeto deverá “abastecer com informações centros previsores mais complexos”, como o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e o Sistema de Previsão Hidrometeorológico para a Bacia do Alto Tietê e Rede de Monitoramento de Tempo e Clima.
