Cidade tem 3º ‘melhor’ í­ndice de roubos





Em comparação a cidades de tamanho semelhante, Tatuí – que tinha, em 2010, pouco mais de 107 mil habitantes – é um pouco mais segura, se comparada às taxas de 11 cidades paulistas com população entre 100 mil e 110 mil.

O jornal O Progresso comparou a taxa de homicídios dolosos (com intenção), furtos e roubos por cem mil habitantes e as taxas de roubo e furto de veículo para cada cem mil veículos, de Tatuí (107.326 habitantes) com as cidades de Birigui (108.728), Caraguatatuba (100.840), Itatiba (101.471), Jandira (108.344), Ourinhos (103.035), Poá (106.013), Salto (105.516), Santana de Parnaíba (108.813), Valinhos (106.793), Várzea Paulista (107.089) e Votorantim (108.809).

A população considerada para as cidades é a do Censo 2010, o último realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, em 2015, a taxa de homicídios em Tatuí foi de 5,27 homicídios dolosos por cem mil habitantes.

A taxa local foi a quarta menor entre os 12 municípios de perfil populacional semelhante. O maior índice, de 11,2 homicídios por cem mil habitantes, foi registrado na cidade de Jandira, na Grande São Paulo, e o menor índice, de 2,55 homicídios por cem mil habitantes, foi alcançado por Valinhos, na Região Metropolitana de Campinas.

O secretário municipal de Governo, Segurança Pública e Transportes, João Carlos Rumin Crepaldi, afirmou que, entre os crimes, o homicídio é o de combate mais difícil.

“O homicídio é inesperado e depende, às vezes, do momento da pessoa, da cultura, do povo. O trabalho de abordagem e fiscalização tem o objetivo de diminuir o homicídio. É claro que gostaríamos que não houvesse nenhum homicídio, mas isso é do ser humano”, declarou.

Entretanto, a taxa de furtos em Tatuí foi elevada, segundo o levantamento de 2015, ocupando a quinta pior posição entre as cidades pesquisadas.

O índice local foi de 795,16 furtos por cem mil habitantes, enquanto a cidade com o menor índice, Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, teve 326,48 furtos para cada cem mil. O maior índice (1.163,42) foi registrado em Itatiba, na Região Metropolitana de Campinas.

Crepaldi afirmou que, em relação ao ano passado, o número de furtos caiu na cidade, entretanto, que vai trabalhar para que continue caindo ainda mais neste ano.

“A PM e a GCM continuam no patrulhamento para evitar essas ocorrências. O caminho é justamente esse, com a atenção com pessoas suspeitas já reconhecidas pelas práticas de crime de furto. Sempre é importante aumentar a intensidade do trabalho”, apontou.

A taxa de roubos de Tatuí (160,79 para cada cem mil habitantes) foi a terceira menor entre os 12 municípios paulistas pesquisados. Neste quesito, Poá, na Grande São Paulo, foi a pior, com 964,47 para cada cem mil habitantes. A melhor cidade neste aspecto foi Santana de Parnaíba, com 95,12 roubos para cada cem mil.

O secretário de Governo e Segurança Pública afirmou que o número reduzido de roubos na cidade se deve ao trabalho conjunto da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal, que intensificaram o policiamento ostensivo.

“O roubo, normalmente, é agressivo e de difícil combate. Entretanto, o melhor caminho é a prevenção, e a Polícia Militar e a Guarda Civil têm feito esse trabalho preventivo, nas vilas, no centro, com o policiamento a pé, ostensivo, com os carros, com as motos. Tem toda uma estrutura para evitar que aconteça esse roubo”, declarou.

A ação de ladrões em relação ao roubo e furto de veículos foi menor em Tatuí do que em outras cidades com perfil populacional semelhante. Neste caso, a taxa é calculada pelo número de furtos ou roubos para cada cem mil veículos.

No caso dos furtos de veículos, Tatuí teve a segunda menor taxa do grupo de 12 cidades pesquisadas. Com 167,74 furtos para cada cem mil veículos, só fica atrás de Santana de Parnaíba, com 46,41 furtos por cem mil.

As cidades mais perigosas para os carros foram Poá, com 783,12 casos para cada cem mil veículos, e Salto, na Região Metropolitana de Sorocaba, que registrou 485,06 casos para cada cem mil.

Tatuí registrou a quarta menor taxa de roubos de veículos entre os municípios com população entre cem mil e 110 mil habitantes. Com 43,25 casos para cada cem mil veículos, ficou atrás de Santana de Parnaíba (35,8), Birigui (24,14) e Ourinhos (10,01).

Rumin creditou à cerca eletrônica e à Lei dos Desmanches a redução das taxas de furto e roubo de veículos na cidade. Para o secretário, o cerco aos desmanches, alvos de constantes ações da PM e da GCM, diminuiu o interesse dos ladrões em furtar veículos. A cerca eletrônica também colaborou para diminuir o índice, apontou.

“Tivemos uma diminuição de 32% nos roubos e furtos de carros. É um índice muito importante para Tatuí. Ela só ocorreu através do trabalho da Polícia Militar, da Guarda Civil Municipal, da Polícia Civil e da modernização do sistema, a cerca eletrônica, que já vem facilitando a investigação e o cerco aos desmanches”, afirmou.

Apesar de os números serem bons se comparados a municípios com perfil populacional semelhante, Tatuí perdeu para a cidade de Itapetininga em alguns quesitos, como roubo e roubo de veículos.

Enquanto o índice local de roubos é de 160,79 para cada cem mil habitantes, o da cidade vizinha é de 137,86 para cada cem mil. A taxa de roubos de veículos em Tatuí, em 2015, foi de 43,25 para cada cem mil veículos, enquanto que, em Itapetininga, de 20,37 para cada cem mil, menos da metade.

Porém, os índices locais de homicídio doloso, furtos e furtos de veículos são menores do que os registrados em Itapetininga.

O secretário explicou que, por meio do trabalho em conjunto da PM, GCM e Polícia Civil, “será possível diminuir ainda mais os índices na cidade”.

O aumento do efetivo da Guarda não está nos planos de curto prazo da secretaria, até mesmo por conta da cautela adotada pelo Poder Executivo nas finanças da cidade.

“É claro que, se tivéssemos mais guardas, facilitaria muito mais. Mas, não há essa possibilidade ainda: questões orçamentárias, queda na arrecadação. O Brasil passa por uma crise muito grave. Haverá contratação se tivermos perdas de guardas para repor, e não para aumentar o efetivo”, esclareceu.