
Em seis dias, a Polícia Civil contabilizou dez casos de roubos a residências, comércio e pedestres na cidade. Os crimes ocorreram entre a quarta-feira da semana passada, 9, e o feriado de terça-feira, 15. Em dois dos casos de maior repercussão, as vítimas foram feitas reféns durante as ações dos assaltantes, que demonstraram agressividade.
A ocorrência mais grave aconteceu na tarde de terça-feira, 15, na rua Bepe Vanni, na Chácara Junqueira. Oito pessoas, entre elas uma grávida de 32 anos e três idosos, foram feitas reféns.
Segundo o boletim de ocorrência, dois ladrões invadiram a casa, onde permaneceram por volta da uma hora. Eles mantiveram as vítimas amarradas e depois fugiram com o veículo de uma delas, um Renault Sandero.
Foram roubados anéis, oito relógios, talões de cheques, cinco telefones celulares, uma máquina fotográfica, dois notebooks e R$ 830 em dinheiro.
Na fuga, os ladrões deixaram o automóvel na rua Gilberto Loretti, na vila São Cristóvão, e tomaram um mototáxi para o bairro Jardim Thomaz Guedes.
A Polícia Militar foi acionada. A corporação informou que direcionou todas as viaturas da cidade para realizarem diligências. De acordo com informações das vítimas, um dos ladrões tem o nome “Gabriela” tatuado no braço.
O suspeito foi localizado por uma das guarnições da PM na rua Adriana Ribeiro da Silva Bastos, no Thomaz Guedes. O ajudante-geral Maicon Douglas de Oliveira, 20, estaria utilizando o relógio de uma das vítimas e foi preso em flagrante. Ele teria a tatuagem mencionada pelas vítimas.
De acordo com a corporação, Oliveira indicou uma casa na mesma rua onde fora encontrado como sendo a residência do comparsa dele, que está foragido. Na casa, policiais encontraram os materiais roubados.
Os objetos recuperados foram devolvidos às vítimas, assim como o carro. O comparsa de Oliveira é um pedreiro de 29 anos, cuja identidade foi repassada à Polícia Civil.
Na quarta-feira da semana anterior, 9, um casal de idosos e a empregada doméstica foram feitos reféns em uma residência na rua Marrey Marques de Oliveira, no bairro Colina Verde.
O dono da casa, um aposentado de 73 anos, foi abordado por volta das 9h, enquanto chegava à residência. Dois homens armados anunciaram o assalto e invadiram o local.
O aposentado foi amarrado no box de um banheiro da casa. A mulher dele, uma idosa de 62 anos, foi trancada no quarto e a empregada, de 52 anos, amarrada e deixada em um “closet”.
Segundo as vítimas, os ladrões foram agressivos e teriam feito tortura psicológica, ameaçando-as seguidamente. Os bandidos pediram os cartões bancários dos idosos e as senhas, para sacarem dinheiro em caixas eletrônicos.
Os assaltantes ficaram por cerca de uma hora e meia na residência. Foram levados, além dos cartões, as chaves da casa, um televisor de 42 polegadas, computador, impressora, alianças, pares de tênis e um telefone celular.
As vítimas informaram, à PM, as características dos ladrões. Eles têm idades entre 20 e 30 anos, são brancos, altos e magros. Um deles era agressivo e teria chamado o comparsa de “Márcio”.
Na fuga, os ladrões levaram o carro das vítimas, um Peugeot 308 de cor cinza. A PM foi acionada, porém, não conseguiu localizar os bandidos.
No mesmo dia, às 21h, a Polícia Civil registrou outro roubo, na obra da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), na rua Quim Quevedo, na Chácara Junqueira.
O canteiro, de responsabilidade do Instituto Hygia, foi invadido por oito homens. Quatro deles estavam armados com revólveres e o restante, com pedaços de madeira.
O grupo fez refém o vigilante, de 26 anos. Segundo a vítima, os ladrões estavam interessados em ferramentas que estariam guardadas em uma das salas.
O assalto, entretanto, foi frustrado. Segundo o boletim de ocorrência, o local já havia sido furtado no fim de semana anterior. Ao todo, foram levados R$ 200 mil em materiais para construção, como sacos de cimento, argamassa, tubos de cobre e PVC e ferramentas.
Na noite de quinta-feira, 10, um aposentado de 65 anos foi assaltado enquanto chegava à casa onde mora. O roubo ocorreu na rua Ernani Cavalcante, na vila Juca Menezes.
Segundo a vítima, dois assaltantes se aproximaram com um carro e anunciaram o roubo. Um dos ladrões desceu do automóvel e deu um golpe de “gravata” no aposentado.
O bandido levou R$ 3.000 em dinheiro que haviam sido sacados horas antes. A vítima não soube dizer se fora seguida desde o banco, no centro, ou desde o bar de onde acabara de sair.
Além do dinheiro, foram levados um carnê de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e duas faturas de consumo de água. A vítima não conseguiu passar detalhes como aparência dos ladrões e o modelo do veículo em que eles chegaram.
Na manhã de sexta-feira, 11, foram registrados três assaltos. Uma instrutora, de 35 anos, foi abordada por um ladrão enquanto ia ao trabalho, na rua Marechal Deodoro da Fonseca, na vila Juca Menezes.
Segundo a vítima, o assaltante a surpreendeu e puxou a bolsa dela. Durante a ação, o celular da instrutora caiu no chão e foi pego pelo ladrão, que fugiu. A vítima contou, a policiais civis, que o ladrão tem aproximadamente 1,65 metro de altura e cor branca. Ele usava calças jeans e camiseta branca.
Mais tarde, às 9h30, uma cabeleireira de 44 anos teve a casa assaltada na rua Professora Zilah de Aquino, no Jardim Nossa Senhora de Fátima.
Segundo a cabeleireira, um ladrão pulou o muro da casa e roubou a bicicleta dela. Ela chegou a tentar impedir a ação, porém, foi agredida com dois socos na cabeça.
O ladrão fugiu pela rua João Amaral Camargo, sentido à rua 11 de Agosto. Ele é alto, magro, pardo e tem cabelos claros e curtos. O assaltante usava uma camiseta do time Barcelona, bermuda e chinelo. A PM foi acionada, porém, não conseguiu localizá-lo.
Ainda na sexta-feira, 11, por volta das 11h, um cabeleireiro sofreu assalto na rua Juvenal de Campos. Ele foi abordado por dois rapazes montados em bicicletas. Segundo a vítima, que tem 36 anos, os ladrões levaram o celular, da marca Motorola. A dupla fugiu no sentido à Praça da Matriz.
Um dos ladrões usava bermuda verde, camiseta branca e boné. Ele tem cor parda. A vítima não repassou, à Polícia Civil, as características do comparsa.
Na noite de sexta-feira, por volta das 22h, um morador da cidade de Pereiras teve a motocicleta roubada na rua Moreira da Silva, no Jardim Primavera.
A vítima trabalha como motorista e tem 34 anos. Ela foi abordada por uma dupla após passar sob um pontilhão. Os ladrões estavam armados e com capacetes na cabeça, impossibilitando a identificação. A PM foi acionada, porém, não conseguiu localizá-los.
Horas depois, à 0h30 de sábado, 12, dois estudantes foram roubados na rua João Alves de Oliveira, na vila Juca Menezes. Os adolescentes foram abordados por uma dupla de ladrões enquanto passavam perto de um campo de futebol.
O garoto, que tem 15 anos, foi agredido com socos na nuca e joelhadas nas costelas. Foram levados o boné, a camiseta, as calças, o telefone celular, relógio e uma corrente. Da menina, cuja idade não foi revelada, nada foi levado.
Os ladrões estavam com os rostos cobertos com camisetas. O adolescente acabou sendo levado ao Pronto-Socorro Municipal “Erasmo Peixoto”, onde recebeu atendimento médico.
No mesmo dia, às 20h, uma padaria localizada na vila Dr. Laurindo foi assaltada. Dois rapazes, com idades entre 25 e 27 anos, entraram no estabelecimento e anunciaram o assalto.
Os ladrões abordaram a atendente do caixa. Segundo a vítima, os assaltantes apresentavam nervosismo. Um deles estava armado com revólver.
Os assaltantes mencionaram a existência de uma caixa azul, onde seria guardado o dinheiro da padaria. O objeto fica escondido e é de conhecimento somente de funcionários. Ao todo, foram levados R$ 150 em dinheiro.