Da redação
A Companhia de Teatro do Conservatório de Tatuí, um dos grupos artísticos da instituição, está de volta aos palcos, neste sábado, 30 de setembro, às 20h, e no domingo 1º, às 19h, no “Procópio Ferreira”, com um espetáculo que “pretende provocar reflexões profundas a partir de temas que permeiam a sociedade brasileira contemporânea”.
Sob a direção da atriz e professora Miriam Rinaldi, a companhia apresenta “A Roda”, uma adaptação da peça “Reigen”, de Arthur Schnitzler.
Em 2023, a coordenação da companhia passou para as mãos de Rinaldi, marcando não apenas a primeira vez que uma mulher assume a coordenação, mas também “uma mudança radical na abordagem criativa”, conforme divulgado pela instituição.
“Me sinto imensamente agradecida e honrada pela oportunidade de ser a primeira mulher a dirigir e coordenar a Companhia de Teatro do Conservatório de Tatuí em um de seus momentos mais efervescentes e, principalmente, ao lado de parceiros tão talentosos”, afirmou a diretora.
“A Roda” é uma adaptação de “Reigen”, escrita por Schnitzler no final do século 19. A peça original enfrentou censura e controvérsias quando estreou em 1920.
“Agora, mais de um século depois, a companhia traz essa história para o contexto brasileiro, explorando assuntos como amor, poder, sexualidade, feminismo, entre outros”, aponta a produção. A peça “desafia as normas sociais e busca abrir um diálogo sobre o sexo e o poder nas relações humanas”, segue.
Sob a orientação da dramaturga Marina Corazza, a dramaturgia foi criada a partir de um “processo de pesquisa intensa e improvisações do elenco”.
“O resultado é uma obra que ilumina as complexidades das relações humanas e traz à vida personagens vibrantes e multifacetados”, pontua a produção. Além disso, “A Roda” se destaca pela trilha sonora, “cuidadosamente elaborada para criar a atmosfera certa em cada cena, desempenhando um papel significativo na experiência do espetáculo, enriquecendo ainda mais a narrativa”.
A Companhia de Teatro do Conservatório de Tatuí é o único grupo artístico de bolsistas de artes cênicas entre os dez artísticos da instituição. Ela tem raízes em diversos coletivos liderados por artistas que conduziram as artes cênicas da escola, incluindo nomes como Moisés Miastkwosky, Carlos Ribeiro e Antônio Mendes.
“Ao longo de sua trajetória, a companhia buscou desafiar os limites da criação cênica, levando à cena textos da dramaturgia brasileira e abordando temas como acessibilidade, inclusão e a percepção sensível do espectador”, indica a assessoria de comunicação da escola. A entrada é gratuita e os ingressos puderam ser retirados pela internet na plataforma INTI ou na bilheteria do teatro.