A Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí apresentará a leitura dramática da obra “Vem buscar-me que ainda sou teu”, de Carlos Alberto Soffredini. A apresentação, aberta ao público e com entrada franca, acontece nesta quarta-feira, 14, às 9h, na Sala Preta do Setor de Artes Cênicas, à rua 15 de Novembro, 63/64.
No elenco, a Cia. de Teatro terá Adriana Afonso, Dalila Ribeiro e Fernanda Mendes, além do ator convidado Carlos Alberto Agostinho. Também estão na peça, os alunos bolsistas: Douglas Anhaya de Barros, Fernnanda Quésia Rodrigues Alves, Julia Maschietto Mastromauro, Rodrigo Cotrim Pereira, Tamires Freire de Carvalho, Tatiane De Almeida Villega, Vitor Welinton Britto de Barros e Welinton Luiz Rodrigues da Silva.
A leitura dramática representa um passo inicial no trabalho com o texto, com encenação completa no decorrer da temporada. O coordenador da companhia, Rogério Vianna, ressaltou por meio de nota que para a temporada de 2017 foi elaborado um projeto intitulado “Teatro Popular”, cuja pesquisa é norteada pela frase de Augusto Boal: “Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma”.
É dentro desta busca, para apresentar ao público uma forma popular de contar histórias, que a Cia. de Teatro optou pela obra. Escrita pelo dramaturgo santista Carlos Alberto Soffredini (1939-2001), a obra é considerada “uma declaração de amor ao teatro”.
Na trama, uma companhia tem sua história confundida com a da peça que ela apresenta: “Coração Materno”, do português Alfredo Viviani. A história se passa nos bastidores de uma companhia de circo-teatro em uma pequena cidade do Brasil.
O grupo é dirigido por Aleluia Simões, que luta bravamente pelo sustento de seus artistas e do seu negócio desde que herdou a lona dos seus pais. Aleluia é mãe de Campônio, que está cego de paixão pela ambiciosa Amada Amanda, uma das dançarinas do grupo.
Um dia, a chegada da talentosa Cancionina Song e a partida do sedutor Lologigo incendeiam a inveja de Amada, que estimula Campônio a matar Aleluia para deixar o caminho livre no comando da empresa.
A dramaturgia de Carlos Alberto Soffredini ganhou os prêmios APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), Apetesp (Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo) e Mambembe de melhor texto na temporada de 1979. O crítico Sábado Magaldi elogiou o trabalho, mas apontou negativamente o excesso de melodrama nas curvas finais.