Da reportagem
Quatro salas compõem o Centro de Parto Normal a ser inaugurado pela Santa Casa de Tatuí no prazo de um mês e meio. Quem informa é o gestor do hospital, Diego Iamonte.
Em entrevista a O Progresso de Tatuí, após a inauguração do Laboratório de Análises Clínicas (reportagem nesta edição), o administrador explicou que o espaço será o primeiro da região a oferecer parto humanizado de maneira universal. Os centros em funcionamento só atendem particulares.
O espaço da Santa Casa receberá gestantes de Tatuí e da região – de acordo com as pactuações – e de todas as condições sociais. Atenderá pacientes grávidas do SUS e de convênios particulares.
O centro será dedicado exclusivamente ao parto normal humanizado. Até o momento, segundo o gestor, a Santa Casa só faz partos sem atender aos critérios preconizados pelo Ministério da Saúde.
No parto humanizado, a mãe tem o controle de situações, como a posição que deseja ter o filho e onde acontecerá o parto, entre outros fatores. E não há “pressão” para acelerar o nascimento dos bebês.
A criação do serviço especializado acontece em função da tendência pela humanização e a partir da demanda. Iamonte explicou que o hospital realiza, em média, de 140 a 150 partos por mês e que boa parte das gestantes busca ter as decisões respeitadas.
“Esse já é um pedido do Ministério da Saúde aos municípios. Acontece que existe uma dificuldade muito grande. Graças a Deus, temos uma equipe muito empenhada e que comprou a ideia”, sustentou.
Os recursos para a implantação vieram da prefeitura, de verbas de fundos municipais e emendas parlamentares. Uma das mais significativas foi enviada pelo deputado estadual Sebastião Santos (Republicanos), no valor de R$ 100 mil.
O CPH (Centro de Parto Humanizado) de Tatuí contará com equipamentos diferenciados, como jogos de luzes, música ambiente e as chamadas camas PPP (pré-parto, parto e pós-parto). Os ambientes são estruturados com recursos pensados para a realização de partos normais de baixo risco.
Para a criação do espaço, a direção obteve apoio das equipes de ginecologia e obstetrícia, além da enfermagem. Os profissionais receberam treinamento especial. “Não houve necessidade de contratações, apenas um aperfeiçoamento”, disse o gestor.
Ao todo, mais de 20 profissionais estarão envolvidos. Outros funcionários também estão sendo preparados para atuar em um novo setor: o centro cirúrgico, que volta a funcionar em quatro novas salas.
A meta da Santa Casa é transformar o centro em um dos mais modernos da região. Os equipamentos necessários foram adquiridos no ano passado, também com emendas e fundos perdidos.
“Estamos trabalhando para termos um dos maiores parques tecnológicos hospitalares da região”, disse.
A estimativa é de aumentar em 50% a capacidade de cirurgias. “É muito difícil falar em números de operações, porque nós realizamos tanto as cirurgias eletivas (sem urgência) como as de urgência e emergência do município”, argumentou.
Mesmo reduzindo a fila de espera pela metade, Iamonte e explicou que a demanda aumentou em função da pandemia. As operações realizadas no hospital são de média complexidade. E incluem vesículas, apendicites, laparoscopias, vasectomia e ginecológicas.