Cemem recebe campanha de doação de sangue e medula

Rita Corradi Azevedo, que está à frente da campanha

Começa neste sábado, 7, às 7h30, no Cemem (Centro Municipal de Especialidades Médica) Dr. Jamil Sallum, a nova edição da Campanha de Doação de Sangue.

Coordenada pela empresária e voluntária Rita Corradi Azevedo, na ação deste ano, a expectativa é de se coletar cem bolsas e auxiliar o Hemonúcleo Regional de Jaú, que atende ao HAC (Hospital Amaral Carvalho). “Não importa o tipo sanguíneo. Claro que alguns são mais difíceis, mas todos são importantes”, ressaltou Rita.

Além da doação de sangue, há a possibilidade de se fazer o cadastro para doação de medula óssea. “São retirados apenas cinco miligramas de sangue, e isso só precisa ser feito uma única vez”, explicou ela. Na ação deste sábado, serão disponibilizados de 150 a 200 cadastros e espera-se que a campanha tenha o mesmo sucesso das anteriores.

Ao se cadastrar, os dados são registrados no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), órgão responsável por informar quando há compatibilidade sanguínea, ajudando a localizar e viabilizar o procedimento que pode salvar vidas, como a da pequena Julia Abrame de Oliveira, de 7 anos, que teve alta nesta semana e se recupera em casa, após o sucesso do transplante.

A menina foi diagnosticas com leucemia linfoide aguda, quando tinha apenas dois anos. Desde então, começou a fazer tratamento contra a doença.

Rita faz um alerta, contudo: “É importante manter os dados do doador atualizados. Um número de telefone errado ou uma mudança de endereço pode impedir que o transplante seja realizado”.

Ela esclarece que, no local, também haverá a atualização de cadastro para o Redome. “Basta trazer um documento oficial com foto, comprovante de residência e o número de telefone para contato, não tem burocracia”.

Rita informa que jovens menores, entre 16 e 17 anos, que quiserem doar sangue ou medula podem fazê-lo, desde que acompanhados pelo pai ou mãe, e ambos com documentos com foto.

“Estamos tendo muita procura deste público. Isso tem mostrado que está tendo uma mudança de hábitos e que o jovem está mais consciente da sua possibilidade de ajudar”.

Ela destaca, ainda, alguns pontos a serem observados por quem quer ser doador. “É preciso ter mais de 50 quilos, não ter tomado vacina nos últimos 30 dias, não fazer uso de medicamentos controlados, como ansiolíticos, anticonvulsivos e para tratamento de tireoide”.

Ela também esclarece que pacientes realizando tratamento dentário ou que fizeram algum procedimento com uso de anestesia, além de quem fez tatuagens, só poderão doar após seis meses. “Mas, todas estas regras deixam de valer se a pessoa vir fazer doação de medula”, enfatiza.

A voluntária passou a se dedicar ao trabalho e ajudar nas campanhas de doação de sangue com um caso de doença na família. O pai dela precisou de sangue e ela tomou ciência da realidade dos hemonúcleos, em especial o do HAC de Jaú.

Desde então, ela se engajou e, agora, em parceria com o hemonúcleo e colaboração da Prefeitura, a empresária tem encabeçado campanhas anuais que ganham mais força a cada nova edição.