Cemem contabiliza 300 consultas em 1º mutirão destinado ao ‘retornos’





A Secretaria Municipal da Saúde realizou ação considerada inédita e que resultou na marcação de 300 consultas com especialistas. Trata-se do primeiro mutirão de agendamento realizado pela equipe do Cemem (Centro Municipal de Especialidades Médicas) “Dr. Jamil Sallum”, na primeira sexta-feira do mês.

Os agendamentos feitos no dia 3 aconteceram no novo prédio do centro, à rua São Bento, 14, esquina com a rua Joaquim Teixeira, no centro. “Em uma hora e meia, nossos funcionários realizaram todo o procedimento”, comemorou a secretária municipal da Saúde, Cecília Oliveira França.

Conforme ela, todos os pacientes atendidos deixaram o “mini-hospital” com dia, hora e nomes dos médicos anotados. O mutirão priorizou atendimento a grávidas e idosos, mas estendeu-se a todas as pessoas com indicação de retorno. As marcações atenderam pacientes que precisam voltar às consultas para entrega de resultados de exames ou acompanhamento.

Cecília antecipou que o mutirão passará a fazer parte do calendário da Saúde e será realizado todo mês. De acordo com ela, a ação não atenderá pacientes encaminhados à primeira consulta com especialistas, uma vez que o agendamento inicial é realizado nas UBSs (unidades básicas de saúde).

Os postos ficam responsáveis pela marcação das primeiras consultas com especialistas. Nesse caso, o agendamento é feito por meio do sistema DataHealth, que começou a ser implantado em Tatuí em 2005 e, atualmente, atende a toda rede da cidade, incluindo as UBSs na zona rural, ligadas à internet.

Para ser atendido por especialista, o paciente precisa, primeiro, consultar-se com um clínico-geral. Esse atendimento é realizado nas próprias UBSs. Caso haja indicação, Cecília explicou que a pessoa é encaminhada a um especialista. Essa segunda marcação também é feita nos postos.

Só quando o paciente precisa retornar ao especialista, para apresentar exame ou fazer acompanhamento, é que o agendamento fica a cargo do Cemem.

No primeiro mutirão, apesar do atendimento aos 300 pacientes, a Saúde registrou “sobra de vagas”. Cecília relatou que isso acontece porque a quantidade de consultas disponibilizadas no mês varia. A oscilação acontece por conta da demanda e das vagas oferecidas pelos médicos de cada especialidade.

Em média, os especialistas que cumprem expediente no Cemem atendem 60 pacientes por semana. Entretanto, o tempo de espera para as consultas varia conforme os “vínculos” dos profissionais das especialidades.

“Depende muito da demanda e da oferta. Há profissionais com ‘dois vínculos’ (que trabalham em dois horários); outros, com um; outros, ainda, com meio”, comentou Cecília. Cada vínculo corresponde a 60 atendimentos.

Mesmo com essa variação, a secretária relatou que as consultas estão “demorando menos”. Segundo ela, pacientes que marcaram retorno com endocrinologistas, por exemplo, puderam ser atendidos em menos de uma semana.

SAD em novembro

O dia 3 de novembro deve marcar o início das atividades do SAD (Sistema de Atendimento Domiciliar) – considerado uma “evolução” do PAD (Programa de Atendimento Domiciliar), iniciado pelo município. É o que adiantou a secretária Cecília Oliveira a O Progresso.

De acordo com ela, o SAD realizará os primeiros atendimentos em sala que era ocupada pelo setor de oftalmologia do antigo Cemem, na praça Adelaide Guedes, sem número.

O local, desocupado pela Saúde no fim do mês passado por conta da inauguração do novo prédio do centro de especialidades, está passando por reformas. Deve ganhar novo mobiliário e pintura.

Cecília afirmou que o espaço tem melhor localização e permite acessibilidade. O atual PAD consiste em atendimento domiciliar, por equipe multiprofissional, a pacientes que não podem deixar as residências por problemas de saúde.

A sede do serviço fica no mesmo conjunto de prédios que abriga a Secretaria da Saúde, na rua José Ortiz de Camargo, e, conforme a secretária, não dispõe de acessibilidade. Familiares dos pacientes precisam utilizar escada para avaliação ou atendimento. O novo endereço possui rampa.

O Sistema de Atendimento Domiciliar é considerado “mais amplo” que o programa de atendimento da cidade. Ele consiste na criação de uma equipe com enfermeiro, nutricionista e assistente social. Em Tatuí, o trabalho é “maior ainda”, uma vez que oferece atendimento de oxigênio a pacientes acamados.