Uma centena de atores se reunirá, nesta Sexta-feira Santa, dia 25, para uma celebração que se tornou parte fixa do calendário religioso do município. O grupo da 2ª Igreja do Evangelho Quadrangular fará a encenação da “Paixão de Cristo”.
Esta é a 11a apresentação do espetáculo, criado por iniciativa de pastores. Tradicional na Páscoa, a peça terá como palco um terreno localizado na rua Antônio Martins de Oliveira, no Jardim das Garças. A encenação começará às 16h.
O corpo de atores é formado por pessoas que integram a denominação religiosa. A coordenação está a cargo de Wilian Alexandre Nunes da Silva, que interpretará o papel de Jesus Cristo. Ele é responsável pela montagem, os ensaios e pela mobilização da equipe que cuida do figurino e de novidades.
Para este ano, a coordenação antecipou que estão previstas novas cenas, com participação de atores nos papéis de personagens da época. Entre eles, soldados romanos e religiosos. O elenco será apoiado por figurantes (homens, mulheres e crianças). O grupo intensifica os ensaios um mês antes da apresentação.
Um número de dança será integrado ao espetáculo apresentado anualmente e dirigido por Silva em conjunto com Rafael Silva. A meta é surpreender o público.
A “Paixão de Cristo” é um teatro ao ar livre encenado em local caracterizado. “A peça é passada num ambiente bem próximo do real, onde as cruzes são colocadas num morro, criando um clima muito especial”, contou Silva.
Característica marcante, é que a apresentação conta com atores – em sua maioria – amadores. São pessoas da própria comunidade que têm como meta “demonstrar realidade”. O elenco passa por caracterização, com vestes e maquiagens.
O cuidado com a reprodução dos fatos fez com que a coordenação ampliasse o tempo da apresentação. Inicialmente, a peça tinha 30 minutos de duração. Neste ano, ela pode chegar a 1h20, por conta das novas cenas e da dança.
Apesar de estender o espetáculo, Silva informou que ele não se tornará “longo demais”. O tempo de duração será contado no decorrer dos últimos ensaios. Para isso, o grupo fará a montagem no próprio local antes da apresentação final.
O espetáculo surgiu de um episódio envolvendo o pastor Rogério Marques. Conforme Silva, na volta da casa de um irmão de denominação, ele avistou o morro onde a peça é montada. Marques havia ido à residência para um almoço. Durante a noite, ele sonhou com a encenação da Paixão no local e lançou o desafio.
Os preparativos para a 11a edição tiveram início no mês passado, quando o grupo começou os ensaios. Eles incluem a encenação da noite no Jardim de Getsêmani (episódio no qual Jesus Cristo foi detido) e a traição de Judas Iscariotes. Essa apresentação está prevista para a noite de amanhã, quinta-feira, 24.
“Na peça vamos mostrar vários milagres que Jesus operou em vida, a traição sofrida e a penitência no calvário”, contou o pastor, que idealizou o espetáculo.
Conforme ele, a Páscoa é uma data muito especial para os cristãos. Marques afirmou que, nesta época do ano, além do sacrifício do único filho de Deus para livrar todos os cristãos dos pecados, os fiéis relembram a liberdade dos hebreus ao deixarem a escravidão no Egito.
Para este ano, a organização estima que 2.500 pessoas assistam à peça. O número é superior ao do ano passado, quando foram contabilizadas 2.000 pessoas.
Marques afirmou que a plateia tem sido cada vez mais diversificada. Além de Tatuí, há espectadores de municípios vizinhos, como Itapetininga e Boituva.
O evento conta com o apoio da Prefeitura, que oferece o sistema de som e faz a interdição da rua que dá acesso ao terreno onde a peça é encenada. Para este ano, a organização esperava obter apoio junto à municipalidade para que fosse montada uma arquibancada para acolher melhor os espectadores.
