Caso de desaparecimento de garota de 10 anos é investigado pela ‘DIG’

 

A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Itapetininga está investigando o desaparecimento de uma menina de dez anos, moradora do bairro Jardim Santa Rita de Cássia. Juliana Soares Conceição foi vista pela última vez no final da tarde de domingo, 6, na rua Pedra Ribeiro Abrame, brincando com irmãos e vizinhos.

A mãe da criança, Ilzoneide Soares da Silva, afirmou, à Polícia Civil de Tatuí, que, por volta das 17h do domingo, a menina havia pedido para sair para brincar com os irmãos, de 13, 9 e 6 anos, e os vizinhos da rua onde a família mora. Cerca de uma hora depois, a mãe chamou os filhos de volta para casa, porém, apenas três das quatro crianças voltaram.

Ilzoneide informou, às autoridades policiais, que vizinhos teriam visto a menina Juliana conversando com um homem. Ele seria branco, alto e magro, de cabelos pretos, e estaria usando uma bermuda e camiseta de cor cinza.

No momento do desaparecimento, a garota estava utilizando um “top” de cor preta, um “short” vermelho e vestia sandálias brancas. Juliana é magra tem estatura baixa e cabelos cacheados pintados de loiro.

Na noite de quinta-feira, 10, foram encontradas roupas que poderiam ser da menina em uma estrada de terra no Queimador, bairro rural próximo ao Jardim Santa Rita. Junto às vestimentas, foi encontrado um frasco de álcool. A mãe de Juliana reconheceu o short encontrado como sendo da menina.

Os objetos foram localizados por moradores do bairro Santa Rita que estavam fazendo as buscas pela garota nas imediações. A Polícia Militar foi acionada pelos populares. A equipe do Instituto de Criminalística foi chamada para fazer a coleta do material, que será submetido a análise em Itapetininga.

De acordo com o delegado titular da Polícia Civil de Tatuí, Emanuel dos Santos Françani, apesar de a mãe ter reconhecido a roupa, não é possível saber com precisão se a vestimenta encontrada é de fato da menina Juliana.

“A roupa será submetida à perícia para saber se foi usada pela menina. Os peritos vão buscar material sanguíneo ou fios de cabelo para realização de exame de DNA. Só com exame poderemos ter informações”, declarou.

O delegado informou que casos de desaparecimentos são remetidos diretamente à DIG. O órgão é responsável pelas diligências nestes tipos de ocorrências em toda a região abrangida pela Delegacia Seccional de Itapetininga.

“De forma concorrente”, a equipe de investigadores de Tatuí está realizando diligências. O objetivo é contribuir com a elucidação do caso, informou Françani.

“Estamos fazendo investigações também, realizando várias oitivas. Muitas pessoas foram ouvidas, pessoas essas que tiveram algum tipo de contato com a garota no dia do desaparecimento. Outras diligências de campo são para identificar pessoas que podem ser ouvidas”, explicou.

A Polícia Civil solicitou imagens de câmeras de monitoramento de residências e estabelecimentos comerciais do bairro, a fim de procurar pistas do suspeito que teria levado a menina. Alguns dos vídeos já estão em poder dos investigadores, que estão analisando as imagens, informou o delegado.

“A única informação que temos é de que ela se encontra desaparecida. Não dá para indicar que foi morta. É um desaparecimento”, reforçou.

Desaparecimentos

De acordo com o delegado José Luiz Silveira Teixeira, os pais podem denunciar o desaparecimento de pessoas imediatamente à Polícia Civil. Não é necessário aguardar 24 horas, como muitos pensam, para registrar a queixa.

“Pode fazer de imediato, aliás, o quanto antes, melhor, pois já iniciamos as investigações rapidamente, principalmente em casos de crianças”, orientou.

Teixeira afirmou que as investigações de desaparecimentos têm início com as oitivas de familiares, vizinhos e pessoas que possam ter visto a vítima.

No caso de desaparecimento de crianças, as hipóteses são de subtração de incapaz, estupro, homicídio e sequestro, além de casos em que a criança simplesmente se perdeu.

“As investigações vão prosseguindo de forma a conseguir pistas. É necessário cuidado, pois, no desespero, familiares acabam passando informações desencontradas”, explicou.