Ao contrário do que alguns falaram, até na imprensa e por total falta de conhecimento, o grande jogador Zito, falecido no dia 14 de junho, não era um jogador técnico e, sim, valente. Aguerrido e “raçudo”, o meio campista ditava o ritmo intenso da fabulosa equipe do Santos Futebol Clube, naqueles anos de 1950 e 60.
Prova disso é o Mundial da Suécia, em 1958, quando ele era titular do Brasil. Seu reserva, Dino Sani, este, sim, um médio volante altamente técnico. Todavia, Zito era o jogador ideal para enfrentar um futebol europeu, ainda com jogadores sem muita técnica e de muita determinação. E, às vezes, até “botinudos”.
Ao lado do botafoguense Didi, formou a dupla de meia-cancha brasileira. Ditou o ritmo de uma equipe imbatível, com Pelé se destacando e aparecendo para o mundo futebolístico.
No Santos, Zito, ao lado do clássico Mengálvio, era o capitão e o dínamo de uma equipe inesquecível. Curiosamente, quando o menino Pelé com apenas 15 anos chegou à Vila Belmiro, Zito o apelidou de “gasolina”, um sambista de certo nome do Carnaval de Santos. Acabou dando, assim, boas-vindas àquele que seria o “Rei do Futebol”.
Em 1967, já no ocaso da carreira, Zito foi aos poucos cedendo seu lugar para o menino Clodoaldo, seu substituto na formação do alvinegro praiano. Grande e inesquecível craque que aparece nesta foto de 1956, antes do mito Pelé ser titular.
Em pé, na fotografia, estão: Veludo, Brauner, Zito, Fioti, Wilson (Wilson Francisco Alves foi treinador de sucesso, campeão do acesso pelo São Bento de Sorocaba, em 1962) e Mourão. Agachados: Tite, Pagão, Álvaro, Jair Rosa Pinto e Pepe. Inesquecível, José Eli de Miranda está na história do futebol.
NOTA: As fotos são do arquivo pessoal do autor, que data de 50 anos. Ele, como colecionador e historiador do futebol, mantém um acervo não somente de fotos, mas de figurinhas, álbuns, revistas, recortes e dados importantes e registros inéditos e curiosos do futebol, sem nenhuma relação como os sites que proliferam sobre o assunto na rede de computadores da atualidade
