Candidatos falam de corrida eleitoral para ‘O Progresso’





Fotos: Kazuo Watanabe e Cristiano Mota

Candidatos entrevistados: deputado federal: Marcos Rogério de Campos Camargo e Rogério de Jesus Paes; deputado estadual: Auro de Jesus Soares Coelho, Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, João de Oliveira Filho, José Marcio Franson, Leandro de Camargo BarrosMárcio Medeiros

 

A série de entrevistas com os candidatos a deputado estadual e federal que concorrem como representantes de Tatuí chega à terceira semana com publicação de mais duas questões.

Neste domingo, 21, o bissemanário traz as considerações feitas pelos postulantes sobre a corrida eleitoral. Constam, ainda, respostas a questões específicas.

Todos os oito concorrentes participaram da série de entrevistas promovida pelo bissemanário. Programada para ser concluída nesta edição, a sabatina será estendida.

O objetivo é permitir a continuidade da prestação de serviços para que os eleitores do município – e leitores do periódico – tenham mais subsídios para escolherem os candidatos pelos quais desejem ser representados.

Desta forma, o bissemanário publicará no domingo que vem as considerações finais dos postulantes. Na mesma edição, que circulará no dia 28, o eleitor poderá conferir um perfil dos candidatos, com um resumo de suas biografias.

Nesse caso, também, a intenção é que o material possa contribuir como informações para o eleitor. A votação nas urnas acontece na semana seguinte, dia 5 de outubro. Tatuí conta com seis candidatos a deputado estadual e dois a federal.

Lançaram seus nomes para uma vaga na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo): Auro de Jesus Soares Coelho (PMDB), João de Oliveira Filho (PTB), José Marcio Franson (PT), Leandro de Camargo Barros (PSB), Luiz Gonzaga Vieira de Camargo (PSDB) e Márcio Medeiros (PHS).

Os concorrentes à cadeira na Câmara dos Deputados pelo município são: Marcos Rogério de Campos Camargo (PRB) e Rogério de Jesus Paes (PTC).

Eles participaram da sabatina realizada por O Progresso no início do mês. A equipe de reportagem do bissemanário gravou as entrevistas com os candidatos entre os dias 3 e 5, na sede do jornal, à praça Adelaide Guedes, 145, no centro.

Na ocasião, os políticos responderam a seis perguntas, sendo cinco “em comum” (feitas para todos os candidatos). A sexta questão trouxe assuntos específicos.

Durante as entrevistas, os participantes também tiveram a oportunidade de apresentar considerações finais e encaminhar um perfil biográfico.

Os candidatos tiveram um minuto e meio para responder cada questão, totalizando nove minutos de participação. Como em 2012, as gravações ocorreram em áudio e vídeo – este último que está sendo divulgado no canal de O Progresso no YouTube.

As filmagens da primeira semana já foram disponibilizadas pela equipe do bissemanário nas redes sociais e no canal de vídeos. O endereço para visualizar a participação dos candidatos em vídeo é o www.youtube.com/user/oprogressodetatui.

Nos próximos dias, o bissemanário disponibilizará os materiais das semanas seguintes. Até o fechamento desta edição (sexta, 17h), os dois primeiros vídeos editados das entrevistas com os candidatos registravam centenas de visualizações.

A série de entrevistas começou a ser publicada no domingo, 7, contemplando quatro semanas, por conta da prorrogação da divulgação da última resposta (considerações finais) e da biografia dos candidatos.

Ela também pode ser lida em “O Progresso Digital”, pelo endereço www.oprogressodetatui.com.br. No site do bissemanário, além das respostas, os leitores conferem os vídeos gravados com os candidatos.

De acordo com o regulamento assinado pelos participantes, não há edições entre as respostas. Os materiais em vídeo contêm respostas de todos os oitos políticos sobre um mesmo assunto, com cortes somente entre as respostas.

 


 

DEPUTADOS ESTADUAIS

Como o senhor avalia o grande número de candidatos a deputado residentes na cidade?
Isso representa maior chance da eleição de alguém, ou pulveriza a chance de todos?

Auro de Jesus Soares Coelho

A grande quantidade de candidatos na cidade, eu creio que nós estamos num país democrático. Todo cidadão, ele pode ser candidato, né? Seja que poder for. Mas, vejo que, para a cidade de Tatuí, até não seria tão favorável. Se fosse uma cidade mais unida, cidadãos mais unidos, eles trabalhariam por um candidato ou dois candidatos, porque um ou dois candidatos eleitos a deputado ajudariam mais a cidade e a região.

João de Oliveira Filho

Eu acho que, para o município, quanto maior o número de candidatos, menor é a chance de eleição, de se eleger um candidato. Na minha concepção, o correto seria o município fechar em função de um nome e ver. Mas, para isso, precisaria acontecer aquilo que eu falei anteriormente: o candidato pensar exclusivamente no seu município, na sua região. Aí, sim, daria para fazer isso. Não sendo possível isso, a gente tem que procurar concorrer.

José Marcio Franson

Na prática, respeito todos os candidatos da cidade. São vários candidatos, e acho que todos eles têm seus méritos e merecem se colocar na posição de candidato.

Respeito de todo coração a todos eles, mas, na prática, o que eu tenho visto é que existem, basicamente, dois candidatos que têm chances de ser eleito. O José Franson trabalha no Estado de São Paulo todo pela proteção animal. São mais de 80 mil simpatizantes desse projeto, com quem eu me comunico, regularmente, e que estão fazendo campanha em todo o Estado de São Paulo.

O Franson tem condições de ser eleito e, provavelmente, terá muitos votos também aqui em Tatuí. O outro candidato, também, o ex-prefeito, tem condições de ser eleito. E deve polarizar em torno desses dois candidatos.

Eu, particularmente, gostaria que Tatuí acordasse e apostasse no novo. Apostasse naquele que não traz o ranço das coisas antigas e que está aberto para conversar, para falar, para dizer, e com capacidade de fazer mudanças efetivas, não cosméticas, não mais ou menos, não para quebrar galho, mas para mudar, de fato, essa cidade.

Então, respeito todos os outros candidatos, e merece a consideração de você, eleitor, mas peço o seu voto. Acredite na coisa nova, acredite que é possível mudar, não tenha medo de ser feliz.

Leandro de Camargo Barros

Então, é uma questão difícil de se analisar e fácil de ser. Difícil de trabalhar, porque pulveriza mesmo os votos, mas é fácil em relação a quem votar.

Então, nós temos projetos, nós temos programas, dentro do meu projeto para deputado. E, como eu falei na primeira edição do jornal, primeira entrevista, eu preciso de 36 mil votos para ser eleito.

Dentro do nosso partido, nós temos um deputado eleito com 31 mil votos. Então, nós precisamos – colocando 5.000 a mais – de 35 mil votos. É menos que a metade de que o outro candidato, do que qualquer outro candidato da cidade.

Então, a nossa chance, a minha chance de se eleger, é bem maior do que as dos outros. E eu peço que você, que está assistindo, você que vai ler a matéria, que abrace a nossa ideia, que leia o nosso material, que faça parte da nossa causa, que nós vamos trabalhar pela cidade.

Nós vamos batalhar por verbas pela cidade. Então, a diferença é essa: eu preciso de 35 mil votos, metade do que qualquer outro candidato, aqui, da cidade.

Luiz Gonzaga Vieira de Camargo

Eu acho que todo mundo tem direito de ser candidato. A democracia permite isso. O que me chama a atenção é que todos eles são apoiados pelo prefeito. Todos eles foram inventados pelo prefeito e nenhum deles, hoje, diz que é apoiado pelo prefeito. Mas, nós sabemos de onde surgiram essas candidaturas.

Evidentemente que Tatuí, o prefeito municipal, ele acha que Tatuí não deve ter um deputado. Quando se lança tantos candidatos assim, é porque o desejo é não ter um deputado em Tatuí, o que eu acho que é contraproducente, porque quantas coisas a cidade poderia ter com um deputado?

Eu, graças a Deus, tenho um nome na região. Preciso dos votos de Tatuí, indiscutivelmente, mas tenho mais da metade dos votos que eu preciso fora de Tatuí, pela minha história, pelo meu trabalho e pela aceitação que o meu nome tem em todo o sudoeste paulista.

Mas que é uma pena, eu acho que deveria haver um número menor de candidatos e que os candidatos colocassem as suas ideias, não ficassem só tocando a “musiquinha” na rua, sem dizer a que veio e a que pretende ser.

Márcio Medeiros

O âmbito do número de candidatos, eu acho que o eleitor, no meu ponto de vista, ele deve ter a opção da pessoa, do candidato. Eu acho que, a partir do momento, se nós focalizarmos num só, pode ser eleito? Pode, mas tem pessoas que já passaram por governos e não têm a credibilidade do eleitor.

Então, eu acho que o eleitor, assim como numa eleição a presidente, numa eleição a governador, ele deve ter, sim, a opção, porque a eleição é a nível estadual.

Então, o candidato a deputado estadual, ele pode buscar votos em diversas cidades. Então, se ele conseguir, hoje, Tatuí com 60, 65 mil eleitores, ele pode buscar esses votos e buscar na região. Eu estou trabalhando na região.

Então, essa questão da cidade, nível local, a cidade deve, sim, ter opção. O que vai dar ao eleitor a possibilidade de estar próximo a esse candidato.


DEPUTADOS FEDERAIS

Como o senhor avalia o grande número de candidatos a deputado residentes na cidade?
Isso representa maior chance da eleição de alguém, ou pulveriza a chance de todos?

Marcos Rogério de Campos Camargo

É muito claro: nós estamos vendo na mídia, a população, o Brasil querendo mudanças, e eu creio que nós vivemos num momento de total democracia. E aqui, em Tatuí, é a mesma coisa.

Temos vários candidatos a deputado. As pessoas têm total liberdade para escolher os candidatos que se encaixem nos seus perfis, e eu me coloco como o candidato a deputado federal com verdadeiras chances de se eleger e trabalhar intensivamente para a nossa cidade e para a nossa região.

Rogério de Jesus Paes

Quanto mais candidato, dificulta mais a eleição de um candidato que possa ser eleito pela nossa cidade. Eu penso comigo assim: todos, antes de fazer a chapa para ser candidato, deveriam procurar um ou outro para realmente saber quem seria o candidato ideal para a nossa cidade. Sair um candidato para a cidade, um federal e um deputado estadual, porque as chances de trazer um representante para a nossa cidade seria maior, bem maior. Que o povo teria só uma opção para escolher, que seria um estadual e um federal.

Hoje, Tatuí, a gente vê, aí, tem seis estaduais e dois federais. Então, gente, eu penso assim, comigo, assim: hoje, estamos nessa batalha, vamos dizer, de conseguir um voto, um para cá, para lá. Não tivemos tempo de conversar antes, mas, na próxima eleição, vamos se unir e procurar trazer um candidato só para cada cargo, um estadual e um federal, porque assim Tatuí terá, nossa, só vai ganhar com isso.

Então, na próxima eleição, vamos pôr um candidato só. Independente se é democracia isso, mas Tatuí está só perdendo com a democracia, por não ter dois candidatos.


DEPUTADOS ESTADUAIS

O senhor tem recebido elogios e críticas por dedicar boa parte da campanha para falar a respeito de outro candidato. Também tem sido elogiado e criticado pelo vínculo com religião. Como o senhor avalia essas opiniões?

Auro de Jesus Soares Coelho

Como já disse, nós vivemos num país democrático, de livre expressão. Eu entro como candidato para defender uma política justa e honesta. Eu, como cristão, jamais aceitaria um candidato corrompido, um candidato não ficha limpa.

Eu fiz um trabalho a respeito de uma carta, né? E, nesta carta, era direcionada em cima da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), onde ela rege um candidato amplo, ficha limpa.

Críticas e elogios fazem parte. Desde que o político entra na vida pública, ele se torna uma pessoa pública a esses ataques. Já estou acostumado, mas eu sou de maneira honesta, sincera e direta. Eu acho que: sim, sim, não, não. Não existe meio termo.

Não, eu não posso ser um candidato morno. Ou eu sou quente, ou eu sou frio. Então, críticas e elogios fazem parte. As pessoas são livres, e nós vivemos num país democrático, de críticas e elogios.


O senhor é pediatra de renome e sabidamente com grande número de atendimentos tanto em sua clínica quanto em plantões na maternidade, o que, certamente, não lhe deixa tempo sobrando.

Se eleito, como pretende conciliar seu consolidado trabalho como pediatra às obrigações de um deputado estadual. Ou, diferentemente disto, o senhor abriria mão da medicina?

João de Oliveira Filho

É, abrir mão da medicina eu acho difícil. Eu acho que a gente tem que tentar conciliar. Eu acho que, chegando lá em cima, a hora que for eleito, tudo, aí vamos sentar, reestruturar a vida e ver o que é possível.

Eu posso ficar durante a semana em São Paulo, fazer o que eu tenho que fazer como deputado. Mas, os finais de semana, eu posso estar livre, e nada impede de eu estar trabalhando, continuar atendendo dentro da Santa Casa, ou até mesmo dentro do meu consultório. Então, assim, em momento algum eu pensei em deixar, ou eu vá deixar de fazer a minha medicina. Em momento algum eu vou deixar de ser pediatra.

Isso é uma coisa que só vou parar a hora que eu achar que cheguei no meu limite de atendimento como médico, que aí eu tenho que pendurar as chuteiras. Mas, é perfeitamente ajustável você trabalhar como deputado e trabalhar como médico, como pediatra. Não seria o primeiro, a gente sabe de outros casos que conciliam as coisas.


Como vereador, o senhor ainda não conseguiu cumprir na totalidade o projeto que o alavancou como político (os postos veterinários). Como deputado, o senhor acredita que poderá dar a resposta que ainda não conseguiu oferecer à comunidade?

José Marcio Franson

Não há dúvida disso. Estou convencido de que, como deputado, o Manu vai me respeitar. Porque, até agora, o Manu tem levado o Franson com a barriga. Fez 1.200 castrações gratuitas, mas não é necessário só isso. Temos que fazer 7.000 castrações, e o prefeito atual tem feito, mas muito pouco. E por que muito pouco? Qual é o interesse de alongar mais o sofrimento dos nossos amigos?

Ele sabe, o prefeito sabe, que a vida minha é fazer o fim do sofrimento dos animais abandonados. E, como deputado, eu terei muito mais cacife político para chegar no prefeito e falar: “Prefeito, vamos fazer isso em seis meses”. E, aí, vai ser feito.

Eu não tenho dúvida que, como deputado, não só dessa questão dos animais, implantar esse projeto pelo qual eu fui eleito. Eu e o Manu fomos eleitos para fazer esse projeto. Ele não pode fugir disso, como eu não posso.

Se o Manu não fizer esse projeto, eu faço esse projeto de alguma maneira, como deputado. Encontro as maneiras de financiamento pelo governo do Estado. Vou lutar para isso. Obrigado.


A Justiça Eleitoral indeferiu (com recurso) seu pedido de registro de candidatura para deputado estadual na semana passada. O senhor já havia concorrido anteriormente sem ter tido esse tipo de problema, o que pressupõe não haver falta de experiência com relação à documentação. Por qual motivo houve o indeferimento e como o senhor está trabalhando para resolver a questão?

Leandro de Camargo Barros

Em 2007, eu tive um problema com uma outra pessoa e acabei entrando em vias de fato com essa pessoa, e fui processado por lesão corporal. Isso em 2007. Em 2010, ocorreu todo o processo. Em 2010, eu fui condenado por lesão corporal e fiquei dois anos cumprindo essa determinação da Justiça. Então, durante 2012, eu não pude sair como candidato por causa desse processo. Eu estava dentro do prazo, ainda, estipulado pela Justiça.

Passou, dia 7 de setembro de 2012, acabou esse prazo, essa punição. Então, nós vimos, nós conversamos com os advogados e entramos com pedido de registro para sair como candidato a deputado, mas o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), ele indeferiu o pedido, dizendo que era um crime contra a vida.

E nós entramos com meu advogado, com recurso, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e, com certeza, nós vamos sair vitoriosos, porque é um crime de menor potencial ofensivo, agressivo. Então, nós temos a chance e a certeza de que nós vamos conseguir a candidatura.

E deixar registrado que saiu boato de que eu não pude (sair candidato) porque eu bati numa mulher, e não é verdade. Eu nunca bati e nunca bateria em uma mulher.


O senhor terminou o segundo mandato como prefeito com aprovação superior a 80%. Entretanto, vem enfrentando uma série de ações que resultaram em pedido de indeferimento do registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral.

Em oportunidades anteriores, o senhor falou que vem sendo vítima de um ataque sem precedentes. Nesse caso, o candidato diria que há falhas na legislação, de modo geral, que possibilitam injustiças?

Luiz Gonzaga Vieira de Camargo

Não. Eu acho que a lei tem que ser executada. Se a lei for executada, eu não tenho nenhum receio. A minha candidatura vai ser deferida pelo Tribunal Superior Eleitoral porque eu não cometi nenhum desvio de dinheiro público, não enriqueci ilicitamente.

Todas as minhas ações foram transparentes e, por isto, eu estou muito tranquilo, porque é a jurisprudência, a farta jurisprudência do Superior Tribunal Eleitoral que contradiz a decisão tomada aqui, em São Paulo, completamente em dessintonia com o que está acontecendo em Brasília.

Eu respeito as decisões da Justiça, sou um legalista, mas eu tenho a certeza absoluta de que é uma decisão de três votos a dois, onde o juiz relator do processo foi amplamente favorável ao meu registro de candidatura e foi derrotado, ou, melhor dizendo, foi vencido por três juízes que, por questões puramente de estatística, foram contra o meu registro. Mas, a jurisprudência, volto a repetir, do Tribunal Superior Eleitoral é farta, e o meu registro será deferido, com toda certeza

Até porque, eu quero deixar registrado, aqui, não existe dolo, não existe desvio de dinheiro público e não existe enriquecimento ilícito, que são as três questões que poderiam impedir a minha candidatura.


Durante sua vida pública, o senhor teve atuação em diversos campos profissionais, chegando a ser secretário municipal do Meio Ambiente e presidente de partido. Em 2010, disputou a candidatura a deputado estadual.

Em 2012, concorreu como vice-prefeito, não se elegendo em nenhuma das ocasiões. O que é que falta para que a população dê voto de confiança suficiente para torná-lo representante em cargo eletivo?

Márcio Medeiros

A questão está na reforma política. A partir do momento em que o governo federal, os nossos deputados federais se comprometerem com a reforma política, aí, sim, a questão que nós, como políticos mais, como posso falar, mais humildes, sem o cacife eleitoral muito forte, podemos conseguir, sim, a credibilidade do nosso eleitor.

Eu acho que falta a reforma política. O próprio voto distrital, eu acho que é importante na reforma política. Então, quando se fala da reforma política, se movimenta toda a base municipal.

Então, esses cargos que eu disputei, eu sinto muita honra, porque eu tive oportunidade de, até o momento, a gente vê que o meu nome tem credibilidade, mas o que falta é o quê? Hoje, o poder financeiro dos candidatos, de alguns candidatos, fala muito mais alto que a questão de credibilidade, de uma formação profissional.

Eu acho que, no mínimo, o candidato tem que ter esse número de itens para poder o eleitor ter opção: “Nossa, esse tem credibilidade, esse tem o meu voto, o voto de confiança, né? Esse é ficha limpa, esse eu posso acreditar que tem mudança”.

Aí, está o voto consciente. Nesse voto consciente, está a credibilidade que o eleitor vai ter.


DEPUTADOS FEDERAIS

O senhor até pouco tempo ocupava o cargo de secretário municipal da Administração. É o único candidato que oficializou o nome em evento próprio, com apoio do Executivo.

O senhor considera como mera especulação as críticas de opositores de que o seu relacionamento com o Executivo o deixaria em posição de desigualdade para com os demais candidatos?

Marcos Rogério de Campos Camargo

Primeiramente, eu já trabalhei na gestão anterior e trabalhei nessa gestão. E, como já tinha falado, hoje, eu faço uma linha política muito séria, uma linha política nova na cidade, jovem e, principalmente, ficha limpa.

Eu acredito que o que vale na vida política é experiência. Então, eu participei de duas administrações, aprendi muito. Vi as vantagens, as desvantagens, os erros, os acertos, e, hoje, eu me sinto uma pessoa totalmente preparada.

Sou administrador de empresa, eu tenho pós-graduação em administração pública e gerência de cidades. Colaborei muito com duas gestões, de dois prefeitos, e, hoje, Marcos Quadra tem a sua linha, uma linha que pensa na cidade, pensa na população.


O senhor tem relatado, em redes sociais, o esforço para divulgar seu nome durante a candidatura. Também evidenciou, nos comentários, que realiza campanha modesta. Apesar das dificuldades, o senhor continua a se lançar em disputas, não tendo concorrido apenas para governador, senador e presidente da República. A que se deve essa insistência em ganhar uma eleição?

Rogério de Jesus Paes

Primeiro, pelo gosto da política. Eu gosto da política, e só através da política que a gente vai mudar esse país. A gente, sozinho, a gente não consegue nada. Então, é só através da política que a gente vai conseguir isso.

E sobre o esforço de eu estar saindo candidato, eu acho que todo mundo merece uma chance na vida. E eu não sou diferente de ninguém, entendeu? Porque, por causa de poucos recursos, sendo uma campanha modesta. Mas, eu vejo, hoje, a população falando muito meu nome, procurando eu para pedir o meu número.

Então, o povo está aceitando essa minha forma de ser modesto, mas cheio de personalidade, com caráter. Sem falar mal de ninguém, sem ofender outro candidato. Estou pedindo o meu voto, pedindo um voto para a cidade, porque um deputado eleito, ele vai apresentar na cidade.

E essa campanha minha está sendo a campanha de todas as que eu fiz, a melhor. Apesar de eu não ter placas na rua, não ter cavaletes, que hoje não pode mais cavaletes na cidade.

Então, quer dizer, uma campanha simples, uma campanha de casa em casa, e uma campanha que está sendo bem aceita pela população. Que na hora da votação, vocês vão ter uma surpresa muito grande na votação que eu vou ter aqui na cidade.